quarta-feira, 29 de novembro de 2006

TER OU NÃO NAMORADO - ARTHUR DA TÁVOLA

Rating:★★★★★
Category:Other
"Ter ou não namorado"... eis a questão!


Quem não tem namorado é alguém que tirou férias remuneradas de si mesmo. Namorado é a mais difícil das conquistas. Difícil porque namorado de verdade é muito raro. Necessita de adivinhação, de pele, saliva, lágrima, nuvem, quindim, brisa ou filosofia. Paquera, gabira, flerte, caso, transa, envolvimento, até paixão é fácil. Mas namorado mesmo é muito difícil.
Namorado não precisa ser o mais bonito, mas ser aquele a quem se quer proteger e quando se chega ao lado dele a gente treme, sua frio, e quase desmaia pedindo proteção. A proteção dele não precisa ser parruda ou bandoleira: basta um olhar de compreensão ou mesmo de aflição.
Quem não tem namorado não é quem não tem amor: é quem não sabe o gosto de namorar. Se você tem três pretendentes, dois paqueras, um envolvimento, dois amantes e um esposo; mesmo assim pode não ter nenhum namorado. Não tem namorado quem não sabe o gosto da chuva, cinema, sessão das duas, medo do pai, sanduíche da padaria ou drible no trabalho.
Não tem namorado quem transa sem carinho, quem se acaricia sem vontade de virar lagartixa e quem ama sem alegria.
Não tem namorado quem faz pactos de amor apenas com a infelicidade. Namorar é fazer pactos com a felicidade, ainda que rápida, escondida, fugidia ou impossível de curar.
Não tem namorado quem não sabe dar o valor de mãos dadas, de carinho escondido na hora que passa o filme, da flor catada no muro e entregue de repente, de poesia de Fernando Pessoa, Vinícius de Moraes ou Chico Buarque, lida bem devagar, de gargalhada quando fala junto ou descobre a meia rasgada, de ânsia enorme de viajar junto para a Escócia, ou mesmo de metrô, bonde, nuvem, cavalo, tapete mágico ou foguete interplanetário.
Não tem namorado quem não gosta de dormir, fazer sesta abraçado, fazer compra junto. Não tem namorado quem não gosta de falar do próprio amor nem de ficar horas e horas olhando o mistério do outro dentro dos olhos dele; abobalhados de alegria pela lucidez do amor.
Não tem namorado quem não redescobre a criança e a do amado e vai com ela a parques, fliperamas, beira d'água, show do Milton Nascimento, bosques enluarados, ruas de sonhos ou musical da Metro.
Não tem namorado quem não tem música secreta com ele, quem não dedica livros, quem não recorta artigos, quem não se chateia com o fato de seu bem ser paquerado. Não tem namorado quem ama sem gostar; quem gosta sem curtir quem curte sem aprofundar. Não tem namorado quem nunca sentiu o gosto de ser lembrado de repente no fim de semana, na madrugada ou meio-dia do dia de sol em plena praia cheia de rivais.
Não tem namorado quem ama sem se dedicar, quem namora sem brincar, quem vive cheio de obrigações; quem faz sexo sem esperar o outro ir junto com ele.
Não tem namorado que confunde solidão com ficar sozinho e em paz. Não tem namorado quem não fala sozinho, não ri de si mesmo e quem tem medo de ser afetivo.
Se você não tem namorado porque não descobriu que o amor é alegre e você vive pesando 200Kg de grilos e de medos. Ponha a saia mais leve, aquela de chita, e passeie de mãos dadas com o ar. Enfeite-se com margaridas e ternuras e escove a alma com leves fricções de esperança. De alma escovada e coração estouvado, saia do quintal de si mesma e descubra o próprio jardim.
Acorde com gosto de caqui e sorria lírios para quem passe debaixo de sua janela. Ponha intenção de quermesse em seus olhos e beba licor de contos de fada. Ande como se o chão estivesse repleto de sons de flauta e do céu descesse uma névoa de borboletas, cada qual trazendo uma pérola falante a dizer frases sutis e palavras de galanteio.
Se você não tem namorado é porque não enlouqueceu aquele pouquinho necessário para fazer a vida parar e, de repente, parecer que faz sentido.



ARTHUR DA TÁVOLA.

TER OU NÃO NAMORADO - ARTHUR DA TÁVOLA

Rating:★★★★★
Category:Other
"Ter ou não namorado"... eis a questão!


Quem não tem namorado é alguém que tirou férias remuneradas de si mesmo. Namorado é a mais difícil das conquistas. Difícil porque namorado de verdade é muito raro. Necessita de adivinhação, de pele, saliva, lágrima, nuvem, quindim, brisa ou filosofia. Paquera, gabira, flerte, caso, transa, envolvimento, até paixão é fácil. Mas namorado mesmo é muito difícil.
Namorado não precisa ser o mais bonito, mas ser aquele a quem se quer proteger e quando se chega ao lado dele a gente treme, sua frio, e quase desmaia pedindo proteção. A proteção dele não precisa ser parruda ou bandoleira: basta um olhar de compreensão ou mesmo de aflição.
Quem não tem namorado não é quem não tem amor: é quem não sabe o gosto de namorar. Se você tem três pretendentes, dois paqueras, um envolvimento, dois amantes e um esposo; mesmo assim pode não ter nenhum namorado. Não tem namorado quem não sabe o gosto da chuva, cinema, sessão das duas, medo do pai, sanduíche da padaria ou drible no trabalho.
Não tem namorado quem transa sem carinho, quem se acaricia sem vontade de virar lagartixa e quem ama sem alegria.
Não tem namorado quem faz pactos de amor apenas com a infelicidade. Namorar é fazer pactos com a felicidade, ainda que rápida, escondida, fugidia ou impossível de curar.
Não tem namorado quem não sabe dar o valor de mãos dadas, de carinho escondido na hora que passa o filme, da flor catada no muro e entregue de repente, de poesia de Fernando Pessoa, Vinícius de Moraes ou Chico Buarque, lida bem devagar, de gargalhada quando fala junto ou descobre a meia rasgada, de ânsia enorme de viajar junto para a Escócia, ou mesmo de metrô, bonde, nuvem, cavalo, tapete mágico ou foguete interplanetário.
Não tem namorado quem não gosta de dormir, fazer sesta abraçado, fazer compra junto. Não tem namorado quem não gosta de falar do próprio amor nem de ficar horas e horas olhando o mistério do outro dentro dos olhos dele; abobalhados de alegria pela lucidez do amor.
Não tem namorado quem não redescobre a criança e a do amado e vai com ela a parques, fliperamas, beira d'água, show do Milton Nascimento, bosques enluarados, ruas de sonhos ou musical da Metro.
Não tem namorado quem não tem música secreta com ele, quem não dedica livros, quem não recorta artigos, quem não se chateia com o fato de seu bem ser paquerado. Não tem namorado quem ama sem gostar; quem gosta sem curtir quem curte sem aprofundar. Não tem namorado quem nunca sentiu o gosto de ser lembrado de repente no fim de semana, na madrugada ou meio-dia do dia de sol em plena praia cheia de rivais.
Não tem namorado quem ama sem se dedicar, quem namora sem brincar, quem vive cheio de obrigações; quem faz sexo sem esperar o outro ir junto com ele.
Não tem namorado que confunde solidão com ficar sozinho e em paz. Não tem namorado quem não fala sozinho, não ri de si mesmo e quem tem medo de ser afetivo.
Se você não tem namorado porque não descobriu que o amor é alegre e você vive pesando 200Kg de grilos e de medos. Ponha a saia mais leve, aquela de chita, e passeie de mãos dadas com o ar. Enfeite-se com margaridas e ternuras e escove a alma com leves fricções de esperança. De alma escovada e coração estouvado, saia do quintal de si mesma e descubra o próprio jardim.
Acorde com gosto de caqui e sorria lírios para quem passe debaixo de sua janela. Ponha intenção de quermesse em seus olhos e beba licor de contos de fada. Ande como se o chão estivesse repleto de sons de flauta e do céu descesse uma névoa de borboletas, cada qual trazendo uma pérola falante a dizer frases sutis e palavras de galanteio.
Se você não tem namorado é porque não enlouqueceu aquele pouquinho necessário para fazer a vida parar e, de repente, parecer que faz sentido.



ARTHUR DA TÁVOLA.

TER OU NÃO NAMORADO - ARTHUR DA TÁVOLA

Rating:★★★★★
Category:Other
"Ter ou não namorado"... eis a questão!


Quem não tem namorado é alguém que tirou férias remuneradas de si mesmo. Namorado é a mais difícil das conquistas. Difícil porque namorado de verdade é muito raro. Necessita de adivinhação, de pele, saliva, lágrima, nuvem, quindim, brisa ou filosofia. Paquera, gabira, flerte, caso, transa, envolvimento, até paixão é fácil. Mas namorado mesmo é muito difícil.
Namorado não precisa ser o mais bonito, mas ser aquele a quem se quer proteger e quando se chega ao lado dele a gente treme, sua frio, e quase desmaia pedindo proteção. A proteção dele não precisa ser parruda ou bandoleira: basta um olhar de compreensão ou mesmo de aflição.
Quem não tem namorado não é quem não tem amor: é quem não sabe o gosto de namorar. Se você tem três pretendentes, dois paqueras, um envolvimento, dois amantes e um esposo; mesmo assim pode não ter nenhum namorado. Não tem namorado quem não sabe o gosto da chuva, cinema, sessão das duas, medo do pai, sanduíche da padaria ou drible no trabalho.
Não tem namorado quem transa sem carinho, quem se acaricia sem vontade de virar lagartixa e quem ama sem alegria.
Não tem namorado quem faz pactos de amor apenas com a infelicidade. Namorar é fazer pactos com a felicidade, ainda que rápida, escondida, fugidia ou impossível de curar.
Não tem namorado quem não sabe dar o valor de mãos dadas, de carinho escondido na hora que passa o filme, da flor catada no muro e entregue de repente, de poesia de Fernando Pessoa, Vinícius de Moraes ou Chico Buarque, lida bem devagar, de gargalhada quando fala junto ou descobre a meia rasgada, de ânsia enorme de viajar junto para a Escócia, ou mesmo de metrô, bonde, nuvem, cavalo, tapete mágico ou foguete interplanetário.
Não tem namorado quem não gosta de dormir, fazer sesta abraçado, fazer compra junto. Não tem namorado quem não gosta de falar do próprio amor nem de ficar horas e horas olhando o mistério do outro dentro dos olhos dele; abobalhados de alegria pela lucidez do amor.
Não tem namorado quem não redescobre a criança e a do amado e vai com ela a parques, fliperamas, beira d'água, show do Milton Nascimento, bosques enluarados, ruas de sonhos ou musical da Metro.
Não tem namorado quem não tem música secreta com ele, quem não dedica livros, quem não recorta artigos, quem não se chateia com o fato de seu bem ser paquerado. Não tem namorado quem ama sem gostar; quem gosta sem curtir quem curte sem aprofundar. Não tem namorado quem nunca sentiu o gosto de ser lembrado de repente no fim de semana, na madrugada ou meio-dia do dia de sol em plena praia cheia de rivais.
Não tem namorado quem ama sem se dedicar, quem namora sem brincar, quem vive cheio de obrigações; quem faz sexo sem esperar o outro ir junto com ele.
Não tem namorado que confunde solidão com ficar sozinho e em paz. Não tem namorado quem não fala sozinho, não ri de si mesmo e quem tem medo de ser afetivo.
Se você não tem namorado porque não descobriu que o amor é alegre e você vive pesando 200Kg de grilos e de medos. Ponha a saia mais leve, aquela de chita, e passeie de mãos dadas com o ar. Enfeite-se com margaridas e ternuras e escove a alma com leves fricções de esperança. De alma escovada e coração estouvado, saia do quintal de si mesma e descubra o próprio jardim.
Acorde com gosto de caqui e sorria lírios para quem passe debaixo de sua janela. Ponha intenção de quermesse em seus olhos e beba licor de contos de fada. Ande como se o chão estivesse repleto de sons de flauta e do céu descesse uma névoa de borboletas, cada qual trazendo uma pérola falante a dizer frases sutis e palavras de galanteio.
Se você não tem namorado é porque não enlouqueceu aquele pouquinho necessário para fazer a vida parar e, de repente, parecer que faz sentido.



ARTHUR DA TÁVOLA.

O FILÉ DE HOJE É A ALMÔNDEGA DE AMANHÃ!




Fotos: Nihat Üstundag

O FILÉ DE HOJE É A ALMÔNDEGA DE AMANHÃ!




Fotos: Nihat Üstundag

O FILÉ DE HOJE É A ALMÔNDEGA DE AMANHÃ!




Fotos: Nihat Üstundag

TRÊS PÉROLAS DO NOSSO COTIDIANO.

Start:     Nov 29, '06

Qual você escolheria como a melhor?



* Livro não enguiça.


*Livre como um taxi.


*A pontualidade é uma longa solidão.




(Millor)

TRÊS PÉROLAS DO NOSSO COTIDIANO.

Start:     Nov 29, '06

Qual você escolheria como a melhor?



* Livro não enguiça.


*Livre como um taxi.


*A pontualidade é uma longa solidão.




(Millor)

TRÊS PÉROLAS DO NOSSO COTIDIANO.

Start:     Nov 29, '06

Qual você escolheria como a melhor?



* Livro não enguiça.


*Livre como um taxi.


*A pontualidade é uma longa solidão.




(Millor)

quarta-feira, 22 de novembro de 2006

CAUSO MINEIRO!




CAUSO MINEIRO!




CAUSO MINEIRO!




CIDADE DO PORTO - PORTUGAL




Fotos: Ribneu.

CIDADE DO PORTO - PORTUGAL




Fotos: Ribneu.

CIDADE DO PORTO - PORTUGAL




Fotos: Ribneu.

MUDE A CARA DO BRÓCOLIS - I I


Description:
SANDUÍCHE DE PASTA DE CENOURA E CREME DE BRÓCOLIS

Ingredients:
1 pão de linhaça ou pão de nozes (Eu uso integral mesmo)
2 cenouras médias
2 colheres (sopa) de azeite de oliva
100 g de broto de alfafa ou broto de brócolis
150 g de queijo de minas frescal sem gordura
sal a gosto


Directions:
Parta o pão ao meio no sentido do comprimento e reserve. Lave as cenouras, raspe a casca, pique em pedaços médios e coloque numa panela com água fervente. Leve ao fogo e cozinhe por 15 minutos, ou até as cenouras ficarem al dente. Retire do fogo, escorra a água e transfira as cenouras para o processador. Junte o azeite de oliva e o sal e bata até obter um purê. Espalhe o purê de cenoura sobre uma das fatias do pão. Corte o queijo em fatias e distribua sobre o purê de cenoura. Espalhe os brotos de brócolis e feche o sanduíche com a outra fatia do pão. Corte em 4 pedaços e sirva.

MUDE A CARA DO BRÓCOLIS - I I


Description:
SANDUÍCHE DE PASTA DE CENOURA E CREME DE BRÓCOLIS

Ingredients:
1 pão de linhaça ou pão de nozes (Eu uso integral mesmo)
2 cenouras médias
2 colheres (sopa) de azeite de oliva
100 g de broto de alfafa ou broto de brócolis
150 g de queijo de minas frescal sem gordura
sal a gosto


Directions:
Parta o pão ao meio no sentido do comprimento e reserve. Lave as cenouras, raspe a casca, pique em pedaços médios e coloque numa panela com água fervente. Leve ao fogo e cozinhe por 15 minutos, ou até as cenouras ficarem al dente. Retire do fogo, escorra a água e transfira as cenouras para o processador. Junte o azeite de oliva e o sal e bata até obter um purê. Espalhe o purê de cenoura sobre uma das fatias do pão. Corte o queijo em fatias e distribua sobre o purê de cenoura. Espalhe os brotos de brócolis e feche o sanduíche com a outra fatia do pão. Corte em 4 pedaços e sirva.

MUDE A CARA DO BRÓCOLIS - I I


Description:
SANDUÍCHE DE PASTA DE CENOURA E CREME DE BRÓCOLIS

Ingredients:
1 pão de linhaça ou pão de nozes (Eu uso integral mesmo)
2 cenouras médias
2 colheres (sopa) de azeite de oliva
100 g de broto de alfafa ou broto de brócolis
150 g de queijo de minas frescal sem gordura
sal a gosto


Directions:
Parta o pão ao meio no sentido do comprimento e reserve. Lave as cenouras, raspe a casca, pique em pedaços médios e coloque numa panela com água fervente. Leve ao fogo e cozinhe por 15 minutos, ou até as cenouras ficarem al dente. Retire do fogo, escorra a água e transfira as cenouras para o processador. Junte o azeite de oliva e o sal e bata até obter um purê. Espalhe o purê de cenoura sobre uma das fatias do pão. Corte o queijo em fatias e distribua sobre o purê de cenoura. Espalhe os brotos de brócolis e feche o sanduíche com a outra fatia do pão. Corte em 4 pedaços e sirva.

MUDE A CARA DO BRÓCOLIS - I


Description:
BRÓCOLIS:

Nutritivo, o brócolis contém vitaminas e minerais essenciais em abundância. Uma xícara de brócolis cozido contém somente 40 calorias, 130 mg de cálcio, 1,2 mg de ferro e 5 g de proteínas. Como essa quantidade de brócolis cozido também contém 2,5 g de fibras e de laxativos naturais, este legume é recomendado para previnir prisão de ventre.

O brócolis pode ser adquirido durante o ano todo na maioria dos supermercados e feiras. O congelado tem o mesmo valor nutritivo do fresco. Quando as flores do brócolis começam a ficar amareladas, a verdura já passou do ponto e fica menos nutritiva.

Mesmo podendo ser consumido cru, a maioria das pessoas prefere comê-lo cozido. É possível preservar a maior parte dos seus nutrientes cozinhando-o no vapor ou fritando-o até ficar crocante e tenro, enquanto cozinhá-lo em uma grande quantidade de água destrói boa parte dos nutrientes e vitamina C.



CREME DE BRÓCOLIS:

Ingredients:



1 brócolis médio picado
1/2 litro de leite desnatado
1/2 xícara (chá) de leite evaporado
1 colher (sopa) de farinha de trigo
1 colher (sopa) de azeite de oliva
1 cebola média ralada
sal a gosto



Directions:
Cozinhe o brócoli numa panela com água quente por 7 minutos, ou até ficar macio. Retire do fogo, escorra a água e pique em pedaços. Transfira para o liquidificador, junte o leite, o leite evaporado, a farinha e o sal. Bata por 2 minutos e reserve. Leve ao fogo uma panela com o azeite de oliva, a cebola e 1 colher (sopa) de água. Refogue até a cebola ficar macia, adicione o brócoli batido e o sal. Deixe cozinhar, sem parar de mexer, por 5 minutos, ou até obter um creme. Acerte o sal e retire do fogo. Sirva quente ou frio.


*É um acompanhamento ligth!


MUDE A CARA DO BRÓCOLIS - I


Description:
BRÓCOLIS:

Nutritivo, o brócolis contém vitaminas e minerais essenciais em abundância. Uma xícara de brócolis cozido contém somente 40 calorias, 130 mg de cálcio, 1,2 mg de ferro e 5 g de proteínas. Como essa quantidade de brócolis cozido também contém 2,5 g de fibras e de laxativos naturais, este legume é recomendado para previnir prisão de ventre.

O brócolis pode ser adquirido durante o ano todo na maioria dos supermercados e feiras. O congelado tem o mesmo valor nutritivo do fresco. Quando as flores do brócolis começam a ficar amareladas, a verdura já passou do ponto e fica menos nutritiva.

Mesmo podendo ser consumido cru, a maioria das pessoas prefere comê-lo cozido. É possível preservar a maior parte dos seus nutrientes cozinhando-o no vapor ou fritando-o até ficar crocante e tenro, enquanto cozinhá-lo em uma grande quantidade de água destrói boa parte dos nutrientes e vitamina C.



CREME DE BRÓCOLIS:

Ingredients:



1 brócolis médio picado
1/2 litro de leite desnatado
1/2 xícara (chá) de leite evaporado
1 colher (sopa) de farinha de trigo
1 colher (sopa) de azeite de oliva
1 cebola média ralada
sal a gosto



Directions:
Cozinhe o brócoli numa panela com água quente por 7 minutos, ou até ficar macio. Retire do fogo, escorra a água e pique em pedaços. Transfira para o liquidificador, junte o leite, o leite evaporado, a farinha e o sal. Bata por 2 minutos e reserve. Leve ao fogo uma panela com o azeite de oliva, a cebola e 1 colher (sopa) de água. Refogue até a cebola ficar macia, adicione o brócoli batido e o sal. Deixe cozinhar, sem parar de mexer, por 5 minutos, ou até obter um creme. Acerte o sal e retire do fogo. Sirva quente ou frio.


*É um acompanhamento ligth!


MUDE A CARA DO BRÓCOLIS - I


Description:
BRÓCOLIS:

Nutritivo, o brócolis contém vitaminas e minerais essenciais em abundância. Uma xícara de brócolis cozido contém somente 40 calorias, 130 mg de cálcio, 1,2 mg de ferro e 5 g de proteínas. Como essa quantidade de brócolis cozido também contém 2,5 g de fibras e de laxativos naturais, este legume é recomendado para previnir prisão de ventre.

O brócolis pode ser adquirido durante o ano todo na maioria dos supermercados e feiras. O congelado tem o mesmo valor nutritivo do fresco. Quando as flores do brócolis começam a ficar amareladas, a verdura já passou do ponto e fica menos nutritiva.

Mesmo podendo ser consumido cru, a maioria das pessoas prefere comê-lo cozido. É possível preservar a maior parte dos seus nutrientes cozinhando-o no vapor ou fritando-o até ficar crocante e tenro, enquanto cozinhá-lo em uma grande quantidade de água destrói boa parte dos nutrientes e vitamina C.



CREME DE BRÓCOLIS:

Ingredients:



1 brócolis médio picado
1/2 litro de leite desnatado
1/2 xícara (chá) de leite evaporado
1 colher (sopa) de farinha de trigo
1 colher (sopa) de azeite de oliva
1 cebola média ralada
sal a gosto



Directions:
Cozinhe o brócoli numa panela com água quente por 7 minutos, ou até ficar macio. Retire do fogo, escorra a água e pique em pedaços. Transfira para o liquidificador, junte o leite, o leite evaporado, a farinha e o sal. Bata por 2 minutos e reserve. Leve ao fogo uma panela com o azeite de oliva, a cebola e 1 colher (sopa) de água. Refogue até a cebola ficar macia, adicione o brócoli batido e o sal. Deixe cozinhar, sem parar de mexer, por 5 minutos, ou até obter um creme. Acerte o sal e retire do fogo. Sirva quente ou frio.


*É um acompanhamento ligth!


BORIS CASOY

Rating:★★★★★
Category:Other


BORIS CASOY
(Sua saída da TV Record)


Caçula de seis filhos de Isaac Casoy, dono da tradicional padaria Casoy, na rua José Paulino, em São Paulo, e da dona de casa Raissa Casoy, o paulista Boris Casoy ganhou alguns trocados na adolescência como jogador de pebolim. De ascendência russa, nunca casou ou teve filhos e fez do jornalismo o norte de sua vida. Na Folha de S. Paulo, SBT e Record, onde trabalhou, era ouvido e recebido por presidentes da República e ministros. Nos últimos 8 anos e meio foi âncora do Jornal da Record e entoou o bordão “isso é uma vergonha” até 30 de dezembro, ao ser demitido. Após um silêncio de três meses, recuperando-se do “coice”, Boris conta as pressões políticas e as da Record que culminaram na demissão.

Ainda cobra na Justiça o que a Record lhe deve?
Sim! Eles querem ser uma grande emissora. Veja o Silvio Santos, a Globo... eles mandam alguém embora e depositam. A Record criou uma negociação que parecia uma feira de Acari: fica um tostão pra cá, um pra lá. Eu tinha 11 meses de contrato. E por contrato eles me devem o total dele: 48 meses. Eles dizem ser ilegal, mas assinaram! É grave a dificuldade que criam para me pagar!

Foi demitido porque seu jornal era engessado e não
dava audiência?
Não tinha compromisso de Ibope. Era o jornal que eu me propus a fazer e nós combinamos. Mas fiquei sendo mudado de horário diariamente – todo dia não é maneira de falar. Eles tinham direito de me mandar embora, o que não podiam era querer que eu fizesse um Jornal Nacional. Eu não sei fazer o Jornal Nacional e a Globo faz Jornal Nacional melhor que qualquer um. Não quero fazer um clone! Não sei se topasse fazer um Jornal Nacional estaria na Record. Eles sabiam que eu não faria um clone, mas propuseram.

Quando?
Oito meses antes (da demissão). Quando houve insistência nisso (para fazer um Jornal Nacional), eu disse: “Não vou fazer, não tem jeito. Vamos fazer um acordo e vou embora”. O bispo Honorilton Gonçalves se declarou gravemente ofendido... que era uma ameaça minha. Ficou ressentido. Me pegou como grande ofensor.

Saiu por não fazer um Jornal Nacional ou por pressões políticas?
Não sei. Formalmente é isso (não querer fazer um JN). O resto (as pressões) passa pela cabeça. Não sou bobo, mas não posso afirmar. Houve uma tentativa de me amordaçar. Mas vai acabar.

Como vê a liberdade de imprensa no governo Lula?
Esse governo pressionou a Record (para demiti-lo). Foram várias pressões e a final foi do Zé Dirceu. Eram três assuntos que eles (governo) não queriam nem que se tocasse. Caso Banestado (remessa ilegal de dinheiro para aplicações no Exterior por meio do banco), o compadre do Lula, Roberto Teixeira (advogado da Transbrasil, acusado de operar esquema de arrecadação de dinheiro junto a prefeituras do PT) e o assassinato do (ex- prefeito de Santo André) Celso Daniel. Eu insistia que acabariam em pizza.

Houve ameaça direta a você?
Não. Houve o telefonema do Zé Dirceu (para a Record). A diretoria me pôs a par: “Ele disse que vai prejudicar a Record e você pessoalmente se não parar”. Essa foi a última (ameaça)... vinha uma série. O Zé Dirceu caiu em 13 de fevereiro, meu aniversário. Depois que ele caiu, as pressões foram reduzidas. As ameaças (aconteceram) direto para o presidente da Record, que era o Dênis Munhoz.

Outro político acenou com ameaça?
Nós recebemos um relatório do diretor do escritório de Brasília da Record, que participou de uma reunião em Brasília – as emissoras acertavam questões de publicidade com o governo. Dizia: “Olha, com o Boris Casoy não dá para ter publicidade”. Me contaram ainda que o (Luiz) Gushiken (ex-secretário de Comunicação) tinha insinuado para o presidente da Record: “Com o Boris lá fica difícil o relacionamento com vocês”. Houve telefones de gente da bancada evangélica: “Olha, o Zé Dirceu reclamou. Isso atrapalha a gente”.

Do que os políticos reclamavam?
Não eram os comentários. A queixa era com a insistência no noticiário. E eu perguntava: “Qual é o ponto?”. Mas jamais o governo explicou! Uma vez noticiamos – todo mundo noticiou – o fato de 14, 15 jovens terem usado o Palácio, transportados de avião, amigos de um filho do Lula. Aí, um senador do PT me procurou e disse que o Lula tinha se ofendido, considerou invasão da privacidade. Falou: “Ele está separado do filho dele. A maneira de ter os filhos mais próximo é convidar os amigos para ficarem junto dele no Palácio nas férias”. Eu falei: “Perfeito. Só que não às minhas custas, às do País”.

Houve pressões similares no governo Fernando Henrique?
Não. Quando errávamos, ligavam o secretário de Imprensa ou o próprio presidente e nós retificávamos. Havia um diálogo democrático. Mas nenhuma pressão ou ameaça de retaliação, do tipo “vamos prejudicar”.

Com as pressões, imaginava que pudesse ser demitido?
Quando vi que a Igreja Universal fez um partido político, achei que as coisas podiam engrossar, mas não imaginava que ia ser assim. A maneira como foi feita, dia 30 de dezembro, foi truculenta. Estaria de folga no dia (era uma sexta-feira) e na segunda viajaria. Foi pensado para evitar divulgação. Sou chamado às quatro da tarde da sexta, informado que o contrato está rompido e que a Salete Lemos seria impedida de apresentar o jornal aquele dia. Durou 10 minutos. Falei: “Tá bom. Quando o sr. quer que eu pare?”. E o bispo Honorílton Gonçalves (superintendente executivo da Record): “Já. Imediatamente”. Não é soco, eu levei um coice! Fui tratado como um bandido. Me senti humilhado! Fui tratado com uma violência imerecida, como um inimigo, uma pessoa suspeita.

Enquanto Lula estiver no governo é um jornalista desempregado?
Não. Tô desempregado de televisão, mas tenho convites de jornais,
de rádios, que basta eu dizer sim. Estou órfão de tevê, mas não imaginei isso.

Por que ainda não foi contratado?
Emissoras conversaram comigo. Não devo falar quais. Não se colocou, mas eu iria colocar que não vou trabalhar num jornal ou programa de entrevista onde eu seja cerceado. Já passei da idade! Pode ser – ninguém me disse – que isso possa ser um entrave em ano de eleição. Mas sou um bom produto publicitário. Prefiro televisão. Se não der, faço jornal, rádio-jornal. Espero o tempo que precisar para encontrar uma proposta que me dê prazer profissional. Do contrário, prefiro ficar fora. Esse dia chegará, quaisquer que sejam as circunstâncias. E tanto faz bancada de jornal, programa de entrevista.

Como é estar desempregado?
Achei que fosse ficar deprimido, mas estou gostando. Pensava que acabaria o contrato (com a Record), ia fazer vestibular para veterinária e mudar de vida. Agora não quero. Pela maneira que fui expulso, expelido. Sigo confiando no meu taco! Estou surpreendido porque estou lendo mais, visitando mais as pessoas, indo a cinema, teatro. Não me deu o que temia: uma terrível depressão. Mas dizem que vai dar!

O que acha do novo Jornal da Record?
Não quero fazer análise. A Record tem gente muito boa, mas um problema: tem de decidir se é uma emissora de tevê, uma igreja ou um partido político. Os três são uma mistura explosiva.

Por que não revelou esses detalhes da sua saída antes?
Deveria me situar, não sabia se devia falar. Não estava preparado. Deveria dar um tempo para não me manifestar sob o impacto do soco na cara. Medo? De quê? O máximo que poderiam era me matar. Mas posso ser morto por um assaltante que encosta um revólver em mim, como aconteceu semana passada: Vem cá, se no Brasil você exercer um jornalismo crítico e tiver medo, tem de parar!

Verdade que foi goleiro de futebol?
Tive poliomielite, não pude andar até 9 anos. Voltei a andar com 12 e só podia jogar melhor no gol. Procurava através de exercícios compensar as deficiências. Fui goleiro do colégio, de bons times de várzea. Treinava todos os dias! Fim de semana participava de quatro jogos. Isso foi até os 20. Fui ficando mais míope. Tentei jogar de óculos, mas quebrou no primeiro jogo. Virei juiz.

Por quanto tempo?
Até a última surra! A última foi no Ibirapuera. Era uma final de congregações marianas (associações religiosas). Era uma disputa feroz, havia caminhões de torcida. No jogo, os dois capitães disseram que eu apanharia no final. Minha roupa estava atrás do gol. Pensei: “Vou perder calça, sapato”. E tinha dez minutos a mais e eu não terminava o jogo. Tinha medo! Aí, houve uma briga. Ao invés de separar, saí correndo com bola e apito e peguei um táxi. Jurei que não apitaria mais se escapasse da surra.

(Entrevista: Roddrigo Cardoso - Isto É Gente)


BORIS CASOY

Rating:★★★★★
Category:Other


BORIS CASOY
(Sua saída da TV Record)


Caçula de seis filhos de Isaac Casoy, dono da tradicional padaria Casoy, na rua José Paulino, em São Paulo, e da dona de casa Raissa Casoy, o paulista Boris Casoy ganhou alguns trocados na adolescência como jogador de pebolim. De ascendência russa, nunca casou ou teve filhos e fez do jornalismo o norte de sua vida. Na Folha de S. Paulo, SBT e Record, onde trabalhou, era ouvido e recebido por presidentes da República e ministros. Nos últimos 8 anos e meio foi âncora do Jornal da Record e entoou o bordão “isso é uma vergonha” até 30 de dezembro, ao ser demitido. Após um silêncio de três meses, recuperando-se do “coice”, Boris conta as pressões políticas e as da Record que culminaram na demissão.

Ainda cobra na Justiça o que a Record lhe deve?
Sim! Eles querem ser uma grande emissora. Veja o Silvio Santos, a Globo... eles mandam alguém embora e depositam. A Record criou uma negociação que parecia uma feira de Acari: fica um tostão pra cá, um pra lá. Eu tinha 11 meses de contrato. E por contrato eles me devem o total dele: 48 meses. Eles dizem ser ilegal, mas assinaram! É grave a dificuldade que criam para me pagar!

Foi demitido porque seu jornal era engessado e não
dava audiência?
Não tinha compromisso de Ibope. Era o jornal que eu me propus a fazer e nós combinamos. Mas fiquei sendo mudado de horário diariamente – todo dia não é maneira de falar. Eles tinham direito de me mandar embora, o que não podiam era querer que eu fizesse um Jornal Nacional. Eu não sei fazer o Jornal Nacional e a Globo faz Jornal Nacional melhor que qualquer um. Não quero fazer um clone! Não sei se topasse fazer um Jornal Nacional estaria na Record. Eles sabiam que eu não faria um clone, mas propuseram.

Quando?
Oito meses antes (da demissão). Quando houve insistência nisso (para fazer um Jornal Nacional), eu disse: “Não vou fazer, não tem jeito. Vamos fazer um acordo e vou embora”. O bispo Honorilton Gonçalves se declarou gravemente ofendido... que era uma ameaça minha. Ficou ressentido. Me pegou como grande ofensor.

Saiu por não fazer um Jornal Nacional ou por pressões políticas?
Não sei. Formalmente é isso (não querer fazer um JN). O resto (as pressões) passa pela cabeça. Não sou bobo, mas não posso afirmar. Houve uma tentativa de me amordaçar. Mas vai acabar.

Como vê a liberdade de imprensa no governo Lula?
Esse governo pressionou a Record (para demiti-lo). Foram várias pressões e a final foi do Zé Dirceu. Eram três assuntos que eles (governo) não queriam nem que se tocasse. Caso Banestado (remessa ilegal de dinheiro para aplicações no Exterior por meio do banco), o compadre do Lula, Roberto Teixeira (advogado da Transbrasil, acusado de operar esquema de arrecadação de dinheiro junto a prefeituras do PT) e o assassinato do (ex- prefeito de Santo André) Celso Daniel. Eu insistia que acabariam em pizza.

Houve ameaça direta a você?
Não. Houve o telefonema do Zé Dirceu (para a Record). A diretoria me pôs a par: “Ele disse que vai prejudicar a Record e você pessoalmente se não parar”. Essa foi a última (ameaça)... vinha uma série. O Zé Dirceu caiu em 13 de fevereiro, meu aniversário. Depois que ele caiu, as pressões foram reduzidas. As ameaças (aconteceram) direto para o presidente da Record, que era o Dênis Munhoz.

Outro político acenou com ameaça?
Nós recebemos um relatório do diretor do escritório de Brasília da Record, que participou de uma reunião em Brasília – as emissoras acertavam questões de publicidade com o governo. Dizia: “Olha, com o Boris Casoy não dá para ter publicidade”. Me contaram ainda que o (Luiz) Gushiken (ex-secretário de Comunicação) tinha insinuado para o presidente da Record: “Com o Boris lá fica difícil o relacionamento com vocês”. Houve telefones de gente da bancada evangélica: “Olha, o Zé Dirceu reclamou. Isso atrapalha a gente”.

Do que os políticos reclamavam?
Não eram os comentários. A queixa era com a insistência no noticiário. E eu perguntava: “Qual é o ponto?”. Mas jamais o governo explicou! Uma vez noticiamos – todo mundo noticiou – o fato de 14, 15 jovens terem usado o Palácio, transportados de avião, amigos de um filho do Lula. Aí, um senador do PT me procurou e disse que o Lula tinha se ofendido, considerou invasão da privacidade. Falou: “Ele está separado do filho dele. A maneira de ter os filhos mais próximo é convidar os amigos para ficarem junto dele no Palácio nas férias”. Eu falei: “Perfeito. Só que não às minhas custas, às do País”.

Houve pressões similares no governo Fernando Henrique?
Não. Quando errávamos, ligavam o secretário de Imprensa ou o próprio presidente e nós retificávamos. Havia um diálogo democrático. Mas nenhuma pressão ou ameaça de retaliação, do tipo “vamos prejudicar”.

Com as pressões, imaginava que pudesse ser demitido?
Quando vi que a Igreja Universal fez um partido político, achei que as coisas podiam engrossar, mas não imaginava que ia ser assim. A maneira como foi feita, dia 30 de dezembro, foi truculenta. Estaria de folga no dia (era uma sexta-feira) e na segunda viajaria. Foi pensado para evitar divulgação. Sou chamado às quatro da tarde da sexta, informado que o contrato está rompido e que a Salete Lemos seria impedida de apresentar o jornal aquele dia. Durou 10 minutos. Falei: “Tá bom. Quando o sr. quer que eu pare?”. E o bispo Honorílton Gonçalves (superintendente executivo da Record): “Já. Imediatamente”. Não é soco, eu levei um coice! Fui tratado como um bandido. Me senti humilhado! Fui tratado com uma violência imerecida, como um inimigo, uma pessoa suspeita.

Enquanto Lula estiver no governo é um jornalista desempregado?
Não. Tô desempregado de televisão, mas tenho convites de jornais,
de rádios, que basta eu dizer sim. Estou órfão de tevê, mas não imaginei isso.

Por que ainda não foi contratado?
Emissoras conversaram comigo. Não devo falar quais. Não se colocou, mas eu iria colocar que não vou trabalhar num jornal ou programa de entrevista onde eu seja cerceado. Já passei da idade! Pode ser – ninguém me disse – que isso possa ser um entrave em ano de eleição. Mas sou um bom produto publicitário. Prefiro televisão. Se não der, faço jornal, rádio-jornal. Espero o tempo que precisar para encontrar uma proposta que me dê prazer profissional. Do contrário, prefiro ficar fora. Esse dia chegará, quaisquer que sejam as circunstâncias. E tanto faz bancada de jornal, programa de entrevista.

Como é estar desempregado?
Achei que fosse ficar deprimido, mas estou gostando. Pensava que acabaria o contrato (com a Record), ia fazer vestibular para veterinária e mudar de vida. Agora não quero. Pela maneira que fui expulso, expelido. Sigo confiando no meu taco! Estou surpreendido porque estou lendo mais, visitando mais as pessoas, indo a cinema, teatro. Não me deu o que temia: uma terrível depressão. Mas dizem que vai dar!

O que acha do novo Jornal da Record?
Não quero fazer análise. A Record tem gente muito boa, mas um problema: tem de decidir se é uma emissora de tevê, uma igreja ou um partido político. Os três são uma mistura explosiva.

Por que não revelou esses detalhes da sua saída antes?
Deveria me situar, não sabia se devia falar. Não estava preparado. Deveria dar um tempo para não me manifestar sob o impacto do soco na cara. Medo? De quê? O máximo que poderiam era me matar. Mas posso ser morto por um assaltante que encosta um revólver em mim, como aconteceu semana passada: Vem cá, se no Brasil você exercer um jornalismo crítico e tiver medo, tem de parar!

Verdade que foi goleiro de futebol?
Tive poliomielite, não pude andar até 9 anos. Voltei a andar com 12 e só podia jogar melhor no gol. Procurava através de exercícios compensar as deficiências. Fui goleiro do colégio, de bons times de várzea. Treinava todos os dias! Fim de semana participava de quatro jogos. Isso foi até os 20. Fui ficando mais míope. Tentei jogar de óculos, mas quebrou no primeiro jogo. Virei juiz.

Por quanto tempo?
Até a última surra! A última foi no Ibirapuera. Era uma final de congregações marianas (associações religiosas). Era uma disputa feroz, havia caminhões de torcida. No jogo, os dois capitães disseram que eu apanharia no final. Minha roupa estava atrás do gol. Pensei: “Vou perder calça, sapato”. E tinha dez minutos a mais e eu não terminava o jogo. Tinha medo! Aí, houve uma briga. Ao invés de separar, saí correndo com bola e apito e peguei um táxi. Jurei que não apitaria mais se escapasse da surra.

(Entrevista: Roddrigo Cardoso - Isto É Gente)


BORIS CASOY

Rating:★★★★★
Category:Other


BORIS CASOY
(Sua saída da TV Record)


Caçula de seis filhos de Isaac Casoy, dono da tradicional padaria Casoy, na rua José Paulino, em São Paulo, e da dona de casa Raissa Casoy, o paulista Boris Casoy ganhou alguns trocados na adolescência como jogador de pebolim. De ascendência russa, nunca casou ou teve filhos e fez do jornalismo o norte de sua vida. Na Folha de S. Paulo, SBT e Record, onde trabalhou, era ouvido e recebido por presidentes da República e ministros. Nos últimos 8 anos e meio foi âncora do Jornal da Record e entoou o bordão “isso é uma vergonha” até 30 de dezembro, ao ser demitido. Após um silêncio de três meses, recuperando-se do “coice”, Boris conta as pressões políticas e as da Record que culminaram na demissão.

Ainda cobra na Justiça o que a Record lhe deve?
Sim! Eles querem ser uma grande emissora. Veja o Silvio Santos, a Globo... eles mandam alguém embora e depositam. A Record criou uma negociação que parecia uma feira de Acari: fica um tostão pra cá, um pra lá. Eu tinha 11 meses de contrato. E por contrato eles me devem o total dele: 48 meses. Eles dizem ser ilegal, mas assinaram! É grave a dificuldade que criam para me pagar!

Foi demitido porque seu jornal era engessado e não
dava audiência?
Não tinha compromisso de Ibope. Era o jornal que eu me propus a fazer e nós combinamos. Mas fiquei sendo mudado de horário diariamente – todo dia não é maneira de falar. Eles tinham direito de me mandar embora, o que não podiam era querer que eu fizesse um Jornal Nacional. Eu não sei fazer o Jornal Nacional e a Globo faz Jornal Nacional melhor que qualquer um. Não quero fazer um clone! Não sei se topasse fazer um Jornal Nacional estaria na Record. Eles sabiam que eu não faria um clone, mas propuseram.

Quando?
Oito meses antes (da demissão). Quando houve insistência nisso (para fazer um Jornal Nacional), eu disse: “Não vou fazer, não tem jeito. Vamos fazer um acordo e vou embora”. O bispo Honorilton Gonçalves se declarou gravemente ofendido... que era uma ameaça minha. Ficou ressentido. Me pegou como grande ofensor.

Saiu por não fazer um Jornal Nacional ou por pressões políticas?
Não sei. Formalmente é isso (não querer fazer um JN). O resto (as pressões) passa pela cabeça. Não sou bobo, mas não posso afirmar. Houve uma tentativa de me amordaçar. Mas vai acabar.

Como vê a liberdade de imprensa no governo Lula?
Esse governo pressionou a Record (para demiti-lo). Foram várias pressões e a final foi do Zé Dirceu. Eram três assuntos que eles (governo) não queriam nem que se tocasse. Caso Banestado (remessa ilegal de dinheiro para aplicações no Exterior por meio do banco), o compadre do Lula, Roberto Teixeira (advogado da Transbrasil, acusado de operar esquema de arrecadação de dinheiro junto a prefeituras do PT) e o assassinato do (ex- prefeito de Santo André) Celso Daniel. Eu insistia que acabariam em pizza.

Houve ameaça direta a você?
Não. Houve o telefonema do Zé Dirceu (para a Record). A diretoria me pôs a par: “Ele disse que vai prejudicar a Record e você pessoalmente se não parar”. Essa foi a última (ameaça)... vinha uma série. O Zé Dirceu caiu em 13 de fevereiro, meu aniversário. Depois que ele caiu, as pressões foram reduzidas. As ameaças (aconteceram) direto para o presidente da Record, que era o Dênis Munhoz.

Outro político acenou com ameaça?
Nós recebemos um relatório do diretor do escritório de Brasília da Record, que participou de uma reunião em Brasília – as emissoras acertavam questões de publicidade com o governo. Dizia: “Olha, com o Boris Casoy não dá para ter publicidade”. Me contaram ainda que o (Luiz) Gushiken (ex-secretário de Comunicação) tinha insinuado para o presidente da Record: “Com o Boris lá fica difícil o relacionamento com vocês”. Houve telefones de gente da bancada evangélica: “Olha, o Zé Dirceu reclamou. Isso atrapalha a gente”.

Do que os políticos reclamavam?
Não eram os comentários. A queixa era com a insistência no noticiário. E eu perguntava: “Qual é o ponto?”. Mas jamais o governo explicou! Uma vez noticiamos – todo mundo noticiou – o fato de 14, 15 jovens terem usado o Palácio, transportados de avião, amigos de um filho do Lula. Aí, um senador do PT me procurou e disse que o Lula tinha se ofendido, considerou invasão da privacidade. Falou: “Ele está separado do filho dele. A maneira de ter os filhos mais próximo é convidar os amigos para ficarem junto dele no Palácio nas férias”. Eu falei: “Perfeito. Só que não às minhas custas, às do País”.

Houve pressões similares no governo Fernando Henrique?
Não. Quando errávamos, ligavam o secretário de Imprensa ou o próprio presidente e nós retificávamos. Havia um diálogo democrático. Mas nenhuma pressão ou ameaça de retaliação, do tipo “vamos prejudicar”.

Com as pressões, imaginava que pudesse ser demitido?
Quando vi que a Igreja Universal fez um partido político, achei que as coisas podiam engrossar, mas não imaginava que ia ser assim. A maneira como foi feita, dia 30 de dezembro, foi truculenta. Estaria de folga no dia (era uma sexta-feira) e na segunda viajaria. Foi pensado para evitar divulgação. Sou chamado às quatro da tarde da sexta, informado que o contrato está rompido e que a Salete Lemos seria impedida de apresentar o jornal aquele dia. Durou 10 minutos. Falei: “Tá bom. Quando o sr. quer que eu pare?”. E o bispo Honorílton Gonçalves (superintendente executivo da Record): “Já. Imediatamente”. Não é soco, eu levei um coice! Fui tratado como um bandido. Me senti humilhado! Fui tratado com uma violência imerecida, como um inimigo, uma pessoa suspeita.

Enquanto Lula estiver no governo é um jornalista desempregado?
Não. Tô desempregado de televisão, mas tenho convites de jornais,
de rádios, que basta eu dizer sim. Estou órfão de tevê, mas não imaginei isso.

Por que ainda não foi contratado?
Emissoras conversaram comigo. Não devo falar quais. Não se colocou, mas eu iria colocar que não vou trabalhar num jornal ou programa de entrevista onde eu seja cerceado. Já passei da idade! Pode ser – ninguém me disse – que isso possa ser um entrave em ano de eleição. Mas sou um bom produto publicitário. Prefiro televisão. Se não der, faço jornal, rádio-jornal. Espero o tempo que precisar para encontrar uma proposta que me dê prazer profissional. Do contrário, prefiro ficar fora. Esse dia chegará, quaisquer que sejam as circunstâncias. E tanto faz bancada de jornal, programa de entrevista.

Como é estar desempregado?
Achei que fosse ficar deprimido, mas estou gostando. Pensava que acabaria o contrato (com a Record), ia fazer vestibular para veterinária e mudar de vida. Agora não quero. Pela maneira que fui expulso, expelido. Sigo confiando no meu taco! Estou surpreendido porque estou lendo mais, visitando mais as pessoas, indo a cinema, teatro. Não me deu o que temia: uma terrível depressão. Mas dizem que vai dar!

O que acha do novo Jornal da Record?
Não quero fazer análise. A Record tem gente muito boa, mas um problema: tem de decidir se é uma emissora de tevê, uma igreja ou um partido político. Os três são uma mistura explosiva.

Por que não revelou esses detalhes da sua saída antes?
Deveria me situar, não sabia se devia falar. Não estava preparado. Deveria dar um tempo para não me manifestar sob o impacto do soco na cara. Medo? De quê? O máximo que poderiam era me matar. Mas posso ser morto por um assaltante que encosta um revólver em mim, como aconteceu semana passada: Vem cá, se no Brasil você exercer um jornalismo crítico e tiver medo, tem de parar!

Verdade que foi goleiro de futebol?
Tive poliomielite, não pude andar até 9 anos. Voltei a andar com 12 e só podia jogar melhor no gol. Procurava através de exercícios compensar as deficiências. Fui goleiro do colégio, de bons times de várzea. Treinava todos os dias! Fim de semana participava de quatro jogos. Isso foi até os 20. Fui ficando mais míope. Tentei jogar de óculos, mas quebrou no primeiro jogo. Virei juiz.

Por quanto tempo?
Até a última surra! A última foi no Ibirapuera. Era uma final de congregações marianas (associações religiosas). Era uma disputa feroz, havia caminhões de torcida. No jogo, os dois capitães disseram que eu apanharia no final. Minha roupa estava atrás do gol. Pensei: “Vou perder calça, sapato”. E tinha dez minutos a mais e eu não terminava o jogo. Tinha medo! Aí, houve uma briga. Ao invés de separar, saí correndo com bola e apito e peguei um táxi. Jurei que não apitaria mais se escapasse da surra.

(Entrevista: Roddrigo Cardoso - Isto É Gente)


segunda-feira, 20 de novembro de 2006

RUAS DE SÃO PAULO NAS DÉCADAS DE 50 E 60 - ÁLBUM I




Cool Slideshows

Fotos: Rearranjadas por Amanda França.

RUAS DE SÃO PAULO NAS DÉCADAS DE 50 E 60 - ÁLBUM I




Cool Slideshows

Fotos: Rearranjadas por Amanda França.

RUAS DE SÃO PAULO NAS DÉCADAS DE 50 E 60 - ÁLBUM I




Cool Slideshows

Fotos: Rearranjadas por Amanda França.

Isso é coisa da Clívia...

Start:     Nov 20, '06
End:     Nov 20, '07
"A humanidade está perdendo seus maiores gênios:
Aristóteles faleceu,
Newton bateu as botas,
Einstein morreu,
e eu não tô me sentindo muito bem... " rsss...

Isso é coisa da Clívia...

Start:     Nov 20, '06
End:     Nov 20, '07
"A humanidade está perdendo seus maiores gênios:
Aristóteles faleceu,
Newton bateu as botas,
Einstein morreu,
e eu não tô me sentindo muito bem... " rsss...

Isso é coisa da Clívia...

Start:     Nov 20, '06
End:     Nov 20, '07
"A humanidade está perdendo seus maiores gênios:
Aristóteles faleceu,
Newton bateu as botas,
Einstein morreu,
e eu não tô me sentindo muito bem... " rsss...

Uma Paixão Nacional - Luís Fernando Verissimo.

Rating:★★★★★
Category:Other

(Sem apologia ao álcool... esta crônica é divertida!)



"Uma Paixão Nacional".


Ela disse "Você me ama mais do que tudo?" e ele disse "Amo".
Ela disse "Paixão, paixão?" e ele disse "Paixão, paixão". E reforçou "Mesmo".
Ela: "Mais do que tudo no mundo todo?"
Ele: "No mundo todo e fora dele".
Ela: "Não acredito".
Ele: "Faz um teste".
"Eu ou fios de ovos."
"Você, fácil."
"Daqueles com calda grossa, que a gente chupa o fio e a calda escorre pelo queixo."
"Prefiro você."
"Futebol."
"Não tem comparação."
"Você está caminhando, vem uma bola quicando, a garotada grita 'Devolve tio!' e você domina, faz dezessete embaixadas e chuta com perfeição."
"Prefiro você."
"Internacional e Milan em Tóquio pelo campeonato do mundo, passagem e entrada de graça."
"Você vai junto?"
"Não."
"Pela televisão se vê melhor."
"Faz muito calor. Aí chove, aí abre o sol, aí vem uma brisa fresca com aquele cheiro de terra molhada, aí toca uma música no rádio e é uma nova do Paulinho. É Sexta-feira e a televisão anunciou um Hitchcock sem dublagem praquela noite e o FHC está dando certo."
"Você."
"Voltar à infância só pra poder pisar na lama com o pé descalço e sentir a lama fazer "esguish" entre os dedos."
"Você, longe."
"A Sharon Stone telefona e diz que é ela ou eu."
"Que dúvida. Você."
"Cheiro de livro novo. Solo de sax alto. Criança distraída. Canetinha japonesa. Bateria de escola de samba. Lençol recém-lavado. Hora no dentista cancelada. Filme com escadaria curva. Letra do Aldir Blanc. Pastel de rodoviária."
"Você, você, você, você, você, você, você, você, você e você, respectivamente."
"A Sharon Stone telefona novamente e diz que se você se livrar de mim ela já vem."
"Desligo o telefone."
"Fama e fortuna. A explicação do universo e do mercado de commodities, com exclusividade. A vida eterna e um cartão de crédito que nunca expira."
"Prefiro você."
"Uma cerveja geladinha. A garrafa chega estalando. No copo, fica com um quarto de espuma firme. O resto é ela, só ela, dizendo 'Vem'."
"Hummm..."
"Como, 'hummm'? Ela ou eu?"
Silêncio. Depois: "Qual é a marca?"
"Seu cretino!"

Luís Fernando Verissimo.



Uma Paixão Nacional - Luís Fernando Verissimo.

Rating:★★★★★
Category:Other

(Sem apologia ao álcool... esta crônica é divertida!)



"Uma Paixão Nacional".


Ela disse "Você me ama mais do que tudo?" e ele disse "Amo".
Ela disse "Paixão, paixão?" e ele disse "Paixão, paixão". E reforçou "Mesmo".
Ela: "Mais do que tudo no mundo todo?"
Ele: "No mundo todo e fora dele".
Ela: "Não acredito".
Ele: "Faz um teste".
"Eu ou fios de ovos."
"Você, fácil."
"Daqueles com calda grossa, que a gente chupa o fio e a calda escorre pelo queixo."
"Prefiro você."
"Futebol."
"Não tem comparação."
"Você está caminhando, vem uma bola quicando, a garotada grita 'Devolve tio!' e você domina, faz dezessete embaixadas e chuta com perfeição."
"Prefiro você."
"Internacional e Milan em Tóquio pelo campeonato do mundo, passagem e entrada de graça."
"Você vai junto?"
"Não."
"Pela televisão se vê melhor."
"Faz muito calor. Aí chove, aí abre o sol, aí vem uma brisa fresca com aquele cheiro de terra molhada, aí toca uma música no rádio e é uma nova do Paulinho. É Sexta-feira e a televisão anunciou um Hitchcock sem dublagem praquela noite e o FHC está dando certo."
"Você."
"Voltar à infância só pra poder pisar na lama com o pé descalço e sentir a lama fazer "esguish" entre os dedos."
"Você, longe."
"A Sharon Stone telefona e diz que é ela ou eu."
"Que dúvida. Você."
"Cheiro de livro novo. Solo de sax alto. Criança distraída. Canetinha japonesa. Bateria de escola de samba. Lençol recém-lavado. Hora no dentista cancelada. Filme com escadaria curva. Letra do Aldir Blanc. Pastel de rodoviária."
"Você, você, você, você, você, você, você, você, você e você, respectivamente."
"A Sharon Stone telefona novamente e diz que se você se livrar de mim ela já vem."
"Desligo o telefone."
"Fama e fortuna. A explicação do universo e do mercado de commodities, com exclusividade. A vida eterna e um cartão de crédito que nunca expira."
"Prefiro você."
"Uma cerveja geladinha. A garrafa chega estalando. No copo, fica com um quarto de espuma firme. O resto é ela, só ela, dizendo 'Vem'."
"Hummm..."
"Como, 'hummm'? Ela ou eu?"
Silêncio. Depois: "Qual é a marca?"
"Seu cretino!"

Luís Fernando Verissimo.



Uma Paixão Nacional - Luís Fernando Verissimo.

Rating:★★★★★
Category:Other

(Sem apologia ao álcool... esta crônica é divertida!)



"Uma Paixão Nacional".


Ela disse "Você me ama mais do que tudo?" e ele disse "Amo".
Ela disse "Paixão, paixão?" e ele disse "Paixão, paixão". E reforçou "Mesmo".
Ela: "Mais do que tudo no mundo todo?"
Ele: "No mundo todo e fora dele".
Ela: "Não acredito".
Ele: "Faz um teste".
"Eu ou fios de ovos."
"Você, fácil."
"Daqueles com calda grossa, que a gente chupa o fio e a calda escorre pelo queixo."
"Prefiro você."
"Futebol."
"Não tem comparação."
"Você está caminhando, vem uma bola quicando, a garotada grita 'Devolve tio!' e você domina, faz dezessete embaixadas e chuta com perfeição."
"Prefiro você."
"Internacional e Milan em Tóquio pelo campeonato do mundo, passagem e entrada de graça."
"Você vai junto?"
"Não."
"Pela televisão se vê melhor."
"Faz muito calor. Aí chove, aí abre o sol, aí vem uma brisa fresca com aquele cheiro de terra molhada, aí toca uma música no rádio e é uma nova do Paulinho. É Sexta-feira e a televisão anunciou um Hitchcock sem dublagem praquela noite e o FHC está dando certo."
"Você."
"Voltar à infância só pra poder pisar na lama com o pé descalço e sentir a lama fazer "esguish" entre os dedos."
"Você, longe."
"A Sharon Stone telefona e diz que é ela ou eu."
"Que dúvida. Você."
"Cheiro de livro novo. Solo de sax alto. Criança distraída. Canetinha japonesa. Bateria de escola de samba. Lençol recém-lavado. Hora no dentista cancelada. Filme com escadaria curva. Letra do Aldir Blanc. Pastel de rodoviária."
"Você, você, você, você, você, você, você, você, você e você, respectivamente."
"A Sharon Stone telefona novamente e diz que se você se livrar de mim ela já vem."
"Desligo o telefone."
"Fama e fortuna. A explicação do universo e do mercado de commodities, com exclusividade. A vida eterna e um cartão de crédito que nunca expira."
"Prefiro você."
"Uma cerveja geladinha. A garrafa chega estalando. No copo, fica com um quarto de espuma firme. O resto é ela, só ela, dizendo 'Vem'."
"Hummm..."
"Como, 'hummm'? Ela ou eu?"
Silêncio. Depois: "Qual é a marca?"
"Seu cretino!"

Luís Fernando Verissimo.