sábado, 30 de setembro de 2006

"A Imaginação" - Jean-Paul Sartre

Rating:★★★★★
Category:Other


"A Imaginação" Jean-Paul Sartre


Olho esta folha branca posta sobre minha mesa; percebo sua forma, sua cor, sua posição. Essas diferentes qualidades têm características comuns: em primeiro lugar, elas se dão a meu olhar como existências que apenas posso constatar e cujo ser não depende de forma alguma do meu capricho. Elas são para mim, não são eu. Mas também não são outrem, isto é, não dependem de nenhuma espontaneidade, nem da minha, nem da de outra consciência.

São, ao mesmo tempo, presentes e inertes. Essa inércia do conteúdo sensível, freqüentemente descrita, é a existência em si. De nada serve discutir se esta folha se reduz a um conjunto de representações ou se é ou deve ser mais do que isso. O certo é que o branco que constato não pode ser produzido por minha espontaneidade. Esta forma inerte, que está aquém de todas as espontaneidades conscientes, que devemos observar, conhecer pouco a pouco, é o que chamamos uma coisa.

Em hipótese alguma minha consciência seria capaz de ser uma coisa, porque seu modo de ser em si é precisamente um ser para si. Existir, para ela, é ter consciência de sua existência. Ela aparece como uma pura espontaneidade em face do mundo das coisas que é pura inércia. Podemos, pois, colocar desde a origem dois tipos de existência: é, com efeito, na medida em que são inertes que as coisas escapam ao domínio da consciência; é sua inércia que as salvaguarda e que conserva sua autonomia.

Mas eis que agora desvio a cabeça. Não vejo mais a folha de papel. Agora vejo o papel cinzento da parede. A folha não está mais presente, não está mais aí. Sei, entretanto, muito bem, que ela não se aniquilou: sua inércia a preserva disso. Ela cessou, simplesmente, de ser para mim. No entanto, ei-la de novo. Não virei a cabeça, meu olhar continua dirigido para o papel cinzento; nada se mexeu no quarto.

Entretanto, a folha me aparece de novo com sua forma, sua cor e sua posição; e sei muito bem, no momento em que ela me aparece, que é precisamente a folha que eu via há pouco. É ela, verdadeiramente, em pessoa? Sim e não. Afirmo, sem dúvida, que é a mesma folha com as mesmas qualidades. Mas não ignoro que esta folha ficou lá no seu lugar; sei que não desfruto de sua presença; se quero vê-Ia realmente é preciso que me volte para minha escrivaninha, que concentre meus olhares sobre o mata-borrão em que a folha está colocada.

A folha que me aparece neste momento tem uma identidade de essência com a folha que eu via há pouco. E, por essência, não entendo somente a estrutura, mas, ainda, a individualidade mesma. Essa identidade de essência, porém, não está acompanhada por uma identidade de existência.

É bem a mesma folha, a folha que está presentemente sobre minha escrivaninha, mas ela existe de outro modo. Eu não a vejo, ela não se impõe como um limite à minha espontaneidade; tampouco é um inerte existindo em si.

Em uma palavra, ela não existe de fato, existe em imagem.





Do Prefácio de "A Imaginação", de Jean-Paul Sartre.





"A Imaginação" - Jean-Paul Sartre

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"A Imaginação" Jean-Paul Sartre


Olho esta folha branca posta sobre minha mesa; percebo sua forma, sua cor, sua posição. Essas diferentes qualidades têm características comuns: em primeiro lugar, elas se dão a meu olhar como existências que apenas posso constatar e cujo ser não depende de forma alguma do meu capricho. Elas são para mim, não são eu. Mas também não são outrem, isto é, não dependem de nenhuma espontaneidade, nem da minha, nem da de outra consciência.

São, ao mesmo tempo, presentes e inertes. Essa inércia do conteúdo sensível, freqüentemente descrita, é a existência em si. De nada serve discutir se esta folha se reduz a um conjunto de representações ou se é ou deve ser mais do que isso. O certo é que o branco que constato não pode ser produzido por minha espontaneidade. Esta forma inerte, que está aquém de todas as espontaneidades conscientes, que devemos observar, conhecer pouco a pouco, é o que chamamos uma coisa.

Em hipótese alguma minha consciência seria capaz de ser uma coisa, porque seu modo de ser em si é precisamente um ser para si. Existir, para ela, é ter consciência de sua existência. Ela aparece como uma pura espontaneidade em face do mundo das coisas que é pura inércia. Podemos, pois, colocar desde a origem dois tipos de existência: é, com efeito, na medida em que são inertes que as coisas escapam ao domínio da consciência; é sua inércia que as salvaguarda e que conserva sua autonomia.

Mas eis que agora desvio a cabeça. Não vejo mais a folha de papel. Agora vejo o papel cinzento da parede. A folha não está mais presente, não está mais aí. Sei, entretanto, muito bem, que ela não se aniquilou: sua inércia a preserva disso. Ela cessou, simplesmente, de ser para mim. No entanto, ei-la de novo. Não virei a cabeça, meu olhar continua dirigido para o papel cinzento; nada se mexeu no quarto.

Entretanto, a folha me aparece de novo com sua forma, sua cor e sua posição; e sei muito bem, no momento em que ela me aparece, que é precisamente a folha que eu via há pouco. É ela, verdadeiramente, em pessoa? Sim e não. Afirmo, sem dúvida, que é a mesma folha com as mesmas qualidades. Mas não ignoro que esta folha ficou lá no seu lugar; sei que não desfruto de sua presença; se quero vê-Ia realmente é preciso que me volte para minha escrivaninha, que concentre meus olhares sobre o mata-borrão em que a folha está colocada.

A folha que me aparece neste momento tem uma identidade de essência com a folha que eu via há pouco. E, por essência, não entendo somente a estrutura, mas, ainda, a individualidade mesma. Essa identidade de essência, porém, não está acompanhada por uma identidade de existência.

É bem a mesma folha, a folha que está presentemente sobre minha escrivaninha, mas ela existe de outro modo. Eu não a vejo, ela não se impõe como um limite à minha espontaneidade; tampouco é um inerte existindo em si.

Em uma palavra, ela não existe de fato, existe em imagem.





Do Prefácio de "A Imaginação", de Jean-Paul Sartre.





"A Imaginação" - Jean-Paul Sartre

Rating:★★★★★
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"A Imaginação" Jean-Paul Sartre


Olho esta folha branca posta sobre minha mesa; percebo sua forma, sua cor, sua posição. Essas diferentes qualidades têm características comuns: em primeiro lugar, elas se dão a meu olhar como existências que apenas posso constatar e cujo ser não depende de forma alguma do meu capricho. Elas são para mim, não são eu. Mas também não são outrem, isto é, não dependem de nenhuma espontaneidade, nem da minha, nem da de outra consciência.

São, ao mesmo tempo, presentes e inertes. Essa inércia do conteúdo sensível, freqüentemente descrita, é a existência em si. De nada serve discutir se esta folha se reduz a um conjunto de representações ou se é ou deve ser mais do que isso. O certo é que o branco que constato não pode ser produzido por minha espontaneidade. Esta forma inerte, que está aquém de todas as espontaneidades conscientes, que devemos observar, conhecer pouco a pouco, é o que chamamos uma coisa.

Em hipótese alguma minha consciência seria capaz de ser uma coisa, porque seu modo de ser em si é precisamente um ser para si. Existir, para ela, é ter consciência de sua existência. Ela aparece como uma pura espontaneidade em face do mundo das coisas que é pura inércia. Podemos, pois, colocar desde a origem dois tipos de existência: é, com efeito, na medida em que são inertes que as coisas escapam ao domínio da consciência; é sua inércia que as salvaguarda e que conserva sua autonomia.

Mas eis que agora desvio a cabeça. Não vejo mais a folha de papel. Agora vejo o papel cinzento da parede. A folha não está mais presente, não está mais aí. Sei, entretanto, muito bem, que ela não se aniquilou: sua inércia a preserva disso. Ela cessou, simplesmente, de ser para mim. No entanto, ei-la de novo. Não virei a cabeça, meu olhar continua dirigido para o papel cinzento; nada se mexeu no quarto.

Entretanto, a folha me aparece de novo com sua forma, sua cor e sua posição; e sei muito bem, no momento em que ela me aparece, que é precisamente a folha que eu via há pouco. É ela, verdadeiramente, em pessoa? Sim e não. Afirmo, sem dúvida, que é a mesma folha com as mesmas qualidades. Mas não ignoro que esta folha ficou lá no seu lugar; sei que não desfruto de sua presença; se quero vê-Ia realmente é preciso que me volte para minha escrivaninha, que concentre meus olhares sobre o mata-borrão em que a folha está colocada.

A folha que me aparece neste momento tem uma identidade de essência com a folha que eu via há pouco. E, por essência, não entendo somente a estrutura, mas, ainda, a individualidade mesma. Essa identidade de essência, porém, não está acompanhada por uma identidade de existência.

É bem a mesma folha, a folha que está presentemente sobre minha escrivaninha, mas ela existe de outro modo. Eu não a vejo, ela não se impõe como um limite à minha espontaneidade; tampouco é um inerte existindo em si.

Em uma palavra, ela não existe de fato, existe em imagem.





Do Prefácio de "A Imaginação", de Jean-Paul Sartre.





Simone, Quelin e Kátia em Valência




Éram muitas fotos! Coloquei estas...










Simone, Quelin e Kátia em Valência




Éram muitas fotos! Coloquei estas...










Simone, Quelin e Kátia em Valência




Éram muitas fotos! Coloquei estas...










sexta-feira, 29 de setembro de 2006

Olhem só o tamanho desse "bichinho"!




Recebi essas fotos, mas não havia o nome do país - provavelmente no continente Africano (pelas características das pessoas).

Não é um sapo - é uma perereca gigante.


Olhem só o tamanho desse "bichinho"!




Recebi essas fotos, mas não havia o nome do país - provavelmente no continente Africano (pelas características das pessoas).

Não é um sapo - é uma perereca gigante.


Olhem só o tamanho desse "bichinho"!




Recebi essas fotos, mas não havia o nome do país - provavelmente no continente Africano (pelas características das pessoas).

Não é um sapo - é uma perereca gigante.


quinta-feira, 28 de setembro de 2006

MARJAM KHOSRAVI - MULHERES - Iranian artists!




Marjam khosravi é uma pintora iraniana. Tem 40 anos e é nascida em Abadan - Iran.


CLIQUE NAS FOTOS!


MARJAM KHOSRAVI - MULHERES - Iranian artists!




Marjam khosravi é uma pintora iraniana. Tem 40 anos e é nascida em Abadan - Iran.


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MARJAM KHOSRAVI - MULHERES - Iranian artists!




Marjam khosravi é uma pintora iraniana. Tem 40 anos e é nascida em Abadan - Iran.


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"UM LUGAR AO SOL"

Rating:★★★★★
Category:Books
Genre: Literature & Fiction
Author:ÉRICO VERÍSSIMO






"Um Lugar ao Sol"

Com Um Lugar ao Sol, Erico Verissimo apresenta-nos um retrato da vida através das personagens Clarissa, Fernanda, Vasco, com seus sonhos, lutas e frustrações.



"Todos os dias Vasco fazia descobertas que o deixavam emocionado.
Mas havia momentos amargos. Era quando lhe faltava o dinheiro.
Quando chegava o fim do mês, ele evitava, constrangido, o pessoal de
casa. Sentia-se um parasita, um explorador... Em junho, felizmente,
conseguira, por intermédio do tio Couto, um trabalho que lhe rendera
duzentos mil réis: pintara cartazes para uma vitrina. Mas o dinheiro
criara asas...
E ele sentia uma censura permanente nos olhos de D. Clemência.
Ah! mas vergonha, mesmo, ele tinha era de Clarissa...
Atirou fora o resto da laranja.
Aquilo não podia continuar. Precisava encontrar trabalho...
Viera com tanta esperança... Com a impressão de que ia conquistar a
cidade, o mundo. Parecia-lhe tudo tão fácil... Imaginava que todos os
caminhos se abririam para ele. Nada disso entretanto acontecera.
Entregou-se a reflexões tristes.
Clarissa ia todas as manhãs para Canoas, encolhida de frio, de
nariz vermelho. Fernanda saía um pouco mais tarde; seu colégio ficava
no Partenon. Noel ia para o jornal às dez. Só ficavam nas duas casas
as velhas, o bebê e ele, Vasco.
Eu, o marmanjo!"



(Trecho de "Um Lugar ao Sol" - Érico Veríssimo)

"UM LUGAR AO SOL"

Rating:★★★★★
Category:Books
Genre: Literature & Fiction
Author:ÉRICO VERÍSSIMO






"Um Lugar ao Sol"

Com Um Lugar ao Sol, Erico Verissimo apresenta-nos um retrato da vida através das personagens Clarissa, Fernanda, Vasco, com seus sonhos, lutas e frustrações.



"Todos os dias Vasco fazia descobertas que o deixavam emocionado.
Mas havia momentos amargos. Era quando lhe faltava o dinheiro.
Quando chegava o fim do mês, ele evitava, constrangido, o pessoal de
casa. Sentia-se um parasita, um explorador... Em junho, felizmente,
conseguira, por intermédio do tio Couto, um trabalho que lhe rendera
duzentos mil réis: pintara cartazes para uma vitrina. Mas o dinheiro
criara asas...
E ele sentia uma censura permanente nos olhos de D. Clemência.
Ah! mas vergonha, mesmo, ele tinha era de Clarissa...
Atirou fora o resto da laranja.
Aquilo não podia continuar. Precisava encontrar trabalho...
Viera com tanta esperança... Com a impressão de que ia conquistar a
cidade, o mundo. Parecia-lhe tudo tão fácil... Imaginava que todos os
caminhos se abririam para ele. Nada disso entretanto acontecera.
Entregou-se a reflexões tristes.
Clarissa ia todas as manhãs para Canoas, encolhida de frio, de
nariz vermelho. Fernanda saía um pouco mais tarde; seu colégio ficava
no Partenon. Noel ia para o jornal às dez. Só ficavam nas duas casas
as velhas, o bebê e ele, Vasco.
Eu, o marmanjo!"



(Trecho de "Um Lugar ao Sol" - Érico Veríssimo)

"UM LUGAR AO SOL"

Rating:★★★★★
Category:Books
Genre: Literature & Fiction
Author:ÉRICO VERÍSSIMO






"Um Lugar ao Sol"

Com Um Lugar ao Sol, Erico Verissimo apresenta-nos um retrato da vida através das personagens Clarissa, Fernanda, Vasco, com seus sonhos, lutas e frustrações.



"Todos os dias Vasco fazia descobertas que o deixavam emocionado.
Mas havia momentos amargos. Era quando lhe faltava o dinheiro.
Quando chegava o fim do mês, ele evitava, constrangido, o pessoal de
casa. Sentia-se um parasita, um explorador... Em junho, felizmente,
conseguira, por intermédio do tio Couto, um trabalho que lhe rendera
duzentos mil réis: pintara cartazes para uma vitrina. Mas o dinheiro
criara asas...
E ele sentia uma censura permanente nos olhos de D. Clemência.
Ah! mas vergonha, mesmo, ele tinha era de Clarissa...
Atirou fora o resto da laranja.
Aquilo não podia continuar. Precisava encontrar trabalho...
Viera com tanta esperança... Com a impressão de que ia conquistar a
cidade, o mundo. Parecia-lhe tudo tão fácil... Imaginava que todos os
caminhos se abririam para ele. Nada disso entretanto acontecera.
Entregou-se a reflexões tristes.
Clarissa ia todas as manhãs para Canoas, encolhida de frio, de
nariz vermelho. Fernanda saía um pouco mais tarde; seu colégio ficava
no Partenon. Noel ia para o jornal às dez. Só ficavam nas duas casas
as velhas, o bebê e ele, Vasco.
Eu, o marmanjo!"



(Trecho de "Um Lugar ao Sol" - Érico Veríssimo)

ADESIVO PARA O SEU CARRO!




ADESIVO PARA O SEU CARRO!




ADESIVO PARA O SEU CARRO!




quarta-feira, 27 de setembro de 2006

MANTECAL - UMA DELÍCIA!


Description:
Bolacha com sabor amanteigado que desmancha na boca.

É a minha favorita!



Ingredients:
- ½ quilo de farinha de trigo
- 250 gramas de açúcar
- 300 gramas de gordura vegetal
- 100 gramas de goiabada



Directions:

Em um recipiente, coloque a farinha (reserve um pouco), açúcar e a gordura vegetal (temperatura ambiente). Misture com as mãos (neste momento, se necessário, utilize a farinha reservada). Mexa até desgrudar das mãos. A seguir, sove sobre superfície lisa. Após sovar, abra a massa sobre superfície enfarinhada. Modele o mantecal com um cortador redondo. Acomode em uma assadeira retangular (não precisa untar) e aperte o centro com o cabo de uma colher de pau. Coloque no orifício um pedaço de goiabada. Leve ao forno pré-aquecido a 180 a 200º C, por 25 minutos.

Rendimento: 50 unidades.

Dica: Pode congelar a massa.



MANTECAL - UMA DELÍCIA!


Description:
Bolacha com sabor amanteigado que desmancha na boca.

É a minha favorita!



Ingredients:
- ½ quilo de farinha de trigo
- 250 gramas de açúcar
- 300 gramas de gordura vegetal
- 100 gramas de goiabada



Directions:

Em um recipiente, coloque a farinha (reserve um pouco), açúcar e a gordura vegetal (temperatura ambiente). Misture com as mãos (neste momento, se necessário, utilize a farinha reservada). Mexa até desgrudar das mãos. A seguir, sove sobre superfície lisa. Após sovar, abra a massa sobre superfície enfarinhada. Modele o mantecal com um cortador redondo. Acomode em uma assadeira retangular (não precisa untar) e aperte o centro com o cabo de uma colher de pau. Coloque no orifício um pedaço de goiabada. Leve ao forno pré-aquecido a 180 a 200º C, por 25 minutos.

Rendimento: 50 unidades.

Dica: Pode congelar a massa.



MANTECAL - UMA DELÍCIA!


Description:
Bolacha com sabor amanteigado que desmancha na boca.

É a minha favorita!



Ingredients:
- ½ quilo de farinha de trigo
- 250 gramas de açúcar
- 300 gramas de gordura vegetal
- 100 gramas de goiabada



Directions:

Em um recipiente, coloque a farinha (reserve um pouco), açúcar e a gordura vegetal (temperatura ambiente). Misture com as mãos (neste momento, se necessário, utilize a farinha reservada). Mexa até desgrudar das mãos. A seguir, sove sobre superfície lisa. Após sovar, abra a massa sobre superfície enfarinhada. Modele o mantecal com um cortador redondo. Acomode em uma assadeira retangular (não precisa untar) e aperte o centro com o cabo de uma colher de pau. Coloque no orifício um pedaço de goiabada. Leve ao forno pré-aquecido a 180 a 200º C, por 25 minutos.

Rendimento: 50 unidades.

Dica: Pode congelar a massa.



A ARTE DA DEMOLIÇÃO





A tecnologia, através da arte fotográfica, tenta, não refazer, mas pelo menos preservar como arte, a demolição nossa de todos os dias. Aqui alguns belos exemplos.


FOTOS: HENRIQUE


A ARTE DA DEMOLIÇÃO





A tecnologia, através da arte fotográfica, tenta, não refazer, mas pelo menos preservar como arte, a demolição nossa de todos os dias. Aqui alguns belos exemplos.


FOTOS: HENRIQUE


A ARTE DA DEMOLIÇÃO





A tecnologia, através da arte fotográfica, tenta, não refazer, mas pelo menos preservar como arte, a demolição nossa de todos os dias. Aqui alguns belos exemplos.


FOTOS: HENRIQUE


CHARGE - ELEIÇÃO DE OUTUBRO




CHARGE - ELEIÇÃO DE OUTUBRO




CHARGE - ELEIÇÃO DE OUTUBRO




Trompe-l'oeil - O Nosso Trompe - Crônica "Bárbara" do Millor

Rating:★★★★★
Category:Other
"O Nosso Trompe"

Trompe-l'oeil, engana olho, em francês. Pintura tão realística que parece tridimensional, a verdade. Trompa mesmo, engana. No século XVII, os holandeses, donos da pintura na época, praticavam isso muito. A técnica, claro, já era moda na pintura da Renascença, o que é que não?, quando uma porta era tão bem pintada que levava todo mundo a querer abri-la, um papel dobrado levava à tentação de desdobrá-lo e uma mosca sobre um vidro trazia a necessidade de enxotá-la. Os franceses, que criaram a expressão trompe-l'oeil, levaram o trompe à saturação. E o que já não era considerado arte passou a ser considerado vulgar. Pois, afirmam os afirmativos, para que uma pintura seja arte deve haver nela alguma forma de intervenção humana, que afaste a obra da cópia servil.

Mas quem se trompa, realmente? A lenda de que os pássaros bicavam as uvas pintadas por Zeuxis ou a que garantia um cavalo querer cruzar com a égua pintada por Apelles devem ser engolidas com a famosa pitada de sal ático, que, aliás, já ninguém sabe o que é. Fazer com que a gente ingenuamente veja o que não está vendo, acredite no inacreditável, é coisa de mágico de teatro e de circo.

Luiz Inácio Lula da Silva, que nunca ouviu falar do trompe-l'oeil, faz isso sem saber. Mas não trompa só o olho, trompa também ouvido e olfato. É o otolaringologista da trompiação. Porém, primitivo como em tudo, faz apenas como os desprezíveis artistas populares que, na França, pintavam seus trompes nos muros das ruas. Só se trompa quem quer se trompar.


Trompe-l'oeil - O Nosso Trompe - Crônica "Bárbara" do Millor

Rating:★★★★★
Category:Other
"O Nosso Trompe"

Trompe-l'oeil, engana olho, em francês. Pintura tão realística que parece tridimensional, a verdade. Trompa mesmo, engana. No século XVII, os holandeses, donos da pintura na época, praticavam isso muito. A técnica, claro, já era moda na pintura da Renascença, o que é que não?, quando uma porta era tão bem pintada que levava todo mundo a querer abri-la, um papel dobrado levava à tentação de desdobrá-lo e uma mosca sobre um vidro trazia a necessidade de enxotá-la. Os franceses, que criaram a expressão trompe-l'oeil, levaram o trompe à saturação. E o que já não era considerado arte passou a ser considerado vulgar. Pois, afirmam os afirmativos, para que uma pintura seja arte deve haver nela alguma forma de intervenção humana, que afaste a obra da cópia servil.

Mas quem se trompa, realmente? A lenda de que os pássaros bicavam as uvas pintadas por Zeuxis ou a que garantia um cavalo querer cruzar com a égua pintada por Apelles devem ser engolidas com a famosa pitada de sal ático, que, aliás, já ninguém sabe o que é. Fazer com que a gente ingenuamente veja o que não está vendo, acredite no inacreditável, é coisa de mágico de teatro e de circo.

Luiz Inácio Lula da Silva, que nunca ouviu falar do trompe-l'oeil, faz isso sem saber. Mas não trompa só o olho, trompa também ouvido e olfato. É o otolaringologista da trompiação. Porém, primitivo como em tudo, faz apenas como os desprezíveis artistas populares que, na França, pintavam seus trompes nos muros das ruas. Só se trompa quem quer se trompar.


Trompe-l'oeil - O Nosso Trompe - Crônica "Bárbara" do Millor

Rating:★★★★★
Category:Other
"O Nosso Trompe"

Trompe-l'oeil, engana olho, em francês. Pintura tão realística que parece tridimensional, a verdade. Trompa mesmo, engana. No século XVII, os holandeses, donos da pintura na época, praticavam isso muito. A técnica, claro, já era moda na pintura da Renascença, o que é que não?, quando uma porta era tão bem pintada que levava todo mundo a querer abri-la, um papel dobrado levava à tentação de desdobrá-lo e uma mosca sobre um vidro trazia a necessidade de enxotá-la. Os franceses, que criaram a expressão trompe-l'oeil, levaram o trompe à saturação. E o que já não era considerado arte passou a ser considerado vulgar. Pois, afirmam os afirmativos, para que uma pintura seja arte deve haver nela alguma forma de intervenção humana, que afaste a obra da cópia servil.

Mas quem se trompa, realmente? A lenda de que os pássaros bicavam as uvas pintadas por Zeuxis ou a que garantia um cavalo querer cruzar com a égua pintada por Apelles devem ser engolidas com a famosa pitada de sal ático, que, aliás, já ninguém sabe o que é. Fazer com que a gente ingenuamente veja o que não está vendo, acredite no inacreditável, é coisa de mágico de teatro e de circo.

Luiz Inácio Lula da Silva, que nunca ouviu falar do trompe-l'oeil, faz isso sem saber. Mas não trompa só o olho, trompa também ouvido e olfato. É o otolaringologista da trompiação. Porém, primitivo como em tudo, faz apenas como os desprezíveis artistas populares que, na França, pintavam seus trompes nos muros das ruas. Só se trompa quem quer se trompar.


segunda-feira, 25 de setembro de 2006

TARSILA DO AMARAL






Tarsila do Amaral nasceu em 1º de setembro de 1886 na Fazenda São Bernardo, município de Capivari, interior do Estado de São Paulo. Filha de José Estanislau do Amaral e Lydia Dias de Aguiar do Amaral. Era neta de José Estanislau do Amaral, cognominado “o milionário” em razão da imensa fortuna que acumulou abrindo fazendas no interior de São Paulo. Seu pai herdou apreciável fortuna e diversas fazendas nas quais Tarsila passou a infância e adolescência.

Estuda em São Paulo no Colégio Sion e completa seus estudos em Barcelona, na Espanha, onde pinta seu primeiro quadro, “Sagrado Coração de Jesus”, aos 16 anos. Casa-se em 1906 com André Teixeira Pinto com quem teve sua única filha, Dulce. Separa-se dele e começa a estudar escultura em 1916 com Zadig e Mantovani em São Paulo. Posteriormente estuda desenho e pintura com Pedro Alexandrino. Em 1920 embarca para a Europa objetivando ingressar na Académie Julian em Paris. Frequenta também o ateliê de Émile Renard. Em 1922 tem uma tela sua admitida no Salão Oficial dos Artistas Franceses. Nesse mesmo ano regressa ao Brasil e se integra com os intelectuais do grupo modernista. Faz parte do “grupo dos cinco” juntamente com Anita Malfatti, Oswald de Andrade, Mário de Andrade e Menotti del Picchia. Nessa época começa seu namoro com o escritor Oswald de Andrade. Embora não tenha sido participante da “Semana de 22” integra-se ao Modernismo que surgia no Brasil, visto que na Europa estava fazendo estudos acadêmicos.

Volta à Europa em 1923 e tem contato com os modernistas que lá se encontravam: intelectuais, pintores, músicos e poetas. Estuda com Albert Gleizes e Fernand Léger, grandes mestres cubistas. Mantém estreita amizade com Blaise Cendrars, poeta franco-suiço que visita o Brasil em 1924. Inicia sua pintura “pau-brasil” dotada de cores e temas acentuadamente brasileiros. Em 1926 expõe em Paris, obtendo grande sucesso. Casa-se no mesmo com Oswald de Andrade. Em 1928 pinta o “Abaporu” para dar de presente de aniversário a Oswald que se empolga com a tela e cria o Movimento Antropofágico. É deste período a fase antropofágica da sua pintura. Em 1929 expõe individualmente pela primeira vez no Brasil. Separa-se de Oswald em 1930.

Em 1933 pinta o quadro “Operários” e dá início à pintura social no Brasil. No ano seguinte participa do I Salão Paulista de Belas Artes. Passa a viver com o escritor Luís Martins por quase vinte anos, de meados dos anos 30 a meados dos anos 50. De 1936 à 1952, trabalha como colunista nos Diários Associados.

Nos anos 50 volta ao tema “pau brasil”. Participa em 1951 da I Bienal de São Paulo. Em 1963 tem sala especial na VII Bienal de São Paulo e no ano seguinte participação especial na XXXII Bienal de Veneza. Faleceu em São Paulo no dia 17 de janeiro de 1973.



TARSILA DO AMARAL






Tarsila do Amaral nasceu em 1º de setembro de 1886 na Fazenda São Bernardo, município de Capivari, interior do Estado de São Paulo. Filha de José Estanislau do Amaral e Lydia Dias de Aguiar do Amaral. Era neta de José Estanislau do Amaral, cognominado “o milionário” em razão da imensa fortuna que acumulou abrindo fazendas no interior de São Paulo. Seu pai herdou apreciável fortuna e diversas fazendas nas quais Tarsila passou a infância e adolescência.

Estuda em São Paulo no Colégio Sion e completa seus estudos em Barcelona, na Espanha, onde pinta seu primeiro quadro, “Sagrado Coração de Jesus”, aos 16 anos. Casa-se em 1906 com André Teixeira Pinto com quem teve sua única filha, Dulce. Separa-se dele e começa a estudar escultura em 1916 com Zadig e Mantovani em São Paulo. Posteriormente estuda desenho e pintura com Pedro Alexandrino. Em 1920 embarca para a Europa objetivando ingressar na Académie Julian em Paris. Frequenta também o ateliê de Émile Renard. Em 1922 tem uma tela sua admitida no Salão Oficial dos Artistas Franceses. Nesse mesmo ano regressa ao Brasil e se integra com os intelectuais do grupo modernista. Faz parte do “grupo dos cinco” juntamente com Anita Malfatti, Oswald de Andrade, Mário de Andrade e Menotti del Picchia. Nessa época começa seu namoro com o escritor Oswald de Andrade. Embora não tenha sido participante da “Semana de 22” integra-se ao Modernismo que surgia no Brasil, visto que na Europa estava fazendo estudos acadêmicos.

Volta à Europa em 1923 e tem contato com os modernistas que lá se encontravam: intelectuais, pintores, músicos e poetas. Estuda com Albert Gleizes e Fernand Léger, grandes mestres cubistas. Mantém estreita amizade com Blaise Cendrars, poeta franco-suiço que visita o Brasil em 1924. Inicia sua pintura “pau-brasil” dotada de cores e temas acentuadamente brasileiros. Em 1926 expõe em Paris, obtendo grande sucesso. Casa-se no mesmo com Oswald de Andrade. Em 1928 pinta o “Abaporu” para dar de presente de aniversário a Oswald que se empolga com a tela e cria o Movimento Antropofágico. É deste período a fase antropofágica da sua pintura. Em 1929 expõe individualmente pela primeira vez no Brasil. Separa-se de Oswald em 1930.

Em 1933 pinta o quadro “Operários” e dá início à pintura social no Brasil. No ano seguinte participa do I Salão Paulista de Belas Artes. Passa a viver com o escritor Luís Martins por quase vinte anos, de meados dos anos 30 a meados dos anos 50. De 1936 à 1952, trabalha como colunista nos Diários Associados.

Nos anos 50 volta ao tema “pau brasil”. Participa em 1951 da I Bienal de São Paulo. Em 1963 tem sala especial na VII Bienal de São Paulo e no ano seguinte participação especial na XXXII Bienal de Veneza. Faleceu em São Paulo no dia 17 de janeiro de 1973.



TARSILA DO AMARAL






Tarsila do Amaral nasceu em 1º de setembro de 1886 na Fazenda São Bernardo, município de Capivari, interior do Estado de São Paulo. Filha de José Estanislau do Amaral e Lydia Dias de Aguiar do Amaral. Era neta de José Estanislau do Amaral, cognominado “o milionário” em razão da imensa fortuna que acumulou abrindo fazendas no interior de São Paulo. Seu pai herdou apreciável fortuna e diversas fazendas nas quais Tarsila passou a infância e adolescência.

Estuda em São Paulo no Colégio Sion e completa seus estudos em Barcelona, na Espanha, onde pinta seu primeiro quadro, “Sagrado Coração de Jesus”, aos 16 anos. Casa-se em 1906 com André Teixeira Pinto com quem teve sua única filha, Dulce. Separa-se dele e começa a estudar escultura em 1916 com Zadig e Mantovani em São Paulo. Posteriormente estuda desenho e pintura com Pedro Alexandrino. Em 1920 embarca para a Europa objetivando ingressar na Académie Julian em Paris. Frequenta também o ateliê de Émile Renard. Em 1922 tem uma tela sua admitida no Salão Oficial dos Artistas Franceses. Nesse mesmo ano regressa ao Brasil e se integra com os intelectuais do grupo modernista. Faz parte do “grupo dos cinco” juntamente com Anita Malfatti, Oswald de Andrade, Mário de Andrade e Menotti del Picchia. Nessa época começa seu namoro com o escritor Oswald de Andrade. Embora não tenha sido participante da “Semana de 22” integra-se ao Modernismo que surgia no Brasil, visto que na Europa estava fazendo estudos acadêmicos.

Volta à Europa em 1923 e tem contato com os modernistas que lá se encontravam: intelectuais, pintores, músicos e poetas. Estuda com Albert Gleizes e Fernand Léger, grandes mestres cubistas. Mantém estreita amizade com Blaise Cendrars, poeta franco-suiço que visita o Brasil em 1924. Inicia sua pintura “pau-brasil” dotada de cores e temas acentuadamente brasileiros. Em 1926 expõe em Paris, obtendo grande sucesso. Casa-se no mesmo com Oswald de Andrade. Em 1928 pinta o “Abaporu” para dar de presente de aniversário a Oswald que se empolga com a tela e cria o Movimento Antropofágico. É deste período a fase antropofágica da sua pintura. Em 1929 expõe individualmente pela primeira vez no Brasil. Separa-se de Oswald em 1930.

Em 1933 pinta o quadro “Operários” e dá início à pintura social no Brasil. No ano seguinte participa do I Salão Paulista de Belas Artes. Passa a viver com o escritor Luís Martins por quase vinte anos, de meados dos anos 30 a meados dos anos 50. De 1936 à 1952, trabalha como colunista nos Diários Associados.

Nos anos 50 volta ao tema “pau brasil”. Participa em 1951 da I Bienal de São Paulo. Em 1963 tem sala especial na VII Bienal de São Paulo e no ano seguinte participação especial na XXXII Bienal de Veneza. Faleceu em São Paulo no dia 17 de janeiro de 1973.



sexta-feira, 22 de setembro de 2006

ANNE GEDDES - Bebês e Abóboras!




Quando minha primeira filha nasceu, ganhei um enorme quadro da Anne Geddes para decorar seu quarto. Bebês dentro de vasos com flores. Daí prá frente, nós em casa, nos apaixonamos pelas lindas fotos dessa talentosa moça.





Fotos de Anne Geddes.


ANNE GEDDES - Bebês e Abóboras!




Quando minha primeira filha nasceu, ganhei um enorme quadro da Anne Geddes para decorar seu quarto. Bebês dentro de vasos com flores. Daí prá frente, nós em casa, nos apaixonamos pelas lindas fotos dessa talentosa moça.





Fotos de Anne Geddes.


ANNE GEDDES - Bebês e Abóboras!




Quando minha primeira filha nasceu, ganhei um enorme quadro da Anne Geddes para decorar seu quarto. Bebês dentro de vasos com flores. Daí prá frente, nós em casa, nos apaixonamos pelas lindas fotos dessa talentosa moça.





Fotos de Anne Geddes.


A MAGIA DOS INSTRUMENTOS - VOLUME 3


http://claudioalex.multiply.com/music/item/21874


CARLOS PAREDES - GUITARRA PORTUGUESA - 18 SONGS.


SITE DO CLAUDIO ALEX!


A MAGIA DOS INSTRUMENTOS - VOLUME 3


http://claudioalex.multiply.com/music/item/21874


CARLOS PAREDES - GUITARRA PORTUGUESA - 18 SONGS.


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A MAGIA DOS INSTRUMENTOS - VOLUME 3


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CARLOS PAREDES - GUITARRA PORTUGUESA - 18 SONGS.


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A MAGIA DOS INSTRUMENTOS - VOLUME 2


http://claudioalex.multiply.com/music/item/21853
CARLOR PAREDES - GUITARRA PORTUGUESA - 20 SONGS


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A MAGIA DOS INSTRUMENTOS - VOLUME 2


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CARLOR PAREDES - GUITARRA PORTUGUESA - 20 SONGS


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A MAGIA DOS INSTRUMENTOS - VOLUME 2


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CARLOR PAREDES - GUITARRA PORTUGUESA - 20 SONGS


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A MAGIA DOS INSTRUMENTOS - VOLUME 1


http://claudioalex.multiply.com/music/item/21829

GUITARRA PORTUGUESA - CARLOS PAREDES - 23 SONGS

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A MAGIA DOS INSTRUMENTOS - VOLUME 1


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GUITARRA PORTUGUESA - CARLOS PAREDES - 23 SONGS

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A MAGIA DOS INSTRUMENTOS - VOLUME 1


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GUITARRA PORTUGUESA - CARLOS PAREDES - 23 SONGS

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GUITARRA PORTUGUESA






A Guitarra Portuguesa




A guitarra portuguesa é um instrumento muito difundido em Portugal sendo o que mais se aproxima do sentimento Lusitano do povo português.

A guitarra portuguesa tem um timbre de tal modo inconfundível que, onde quer que esteja, qualquer português a reconhece aos primeiros acordes. É um instrumento musical carregado de simbolismo e, à mercê da sua longa aliança com o Fado, é conotado com o "modo de ser" português. Destino, fado e saudade são palavras que naturalmente se associam ao trinado da guitarra portuguesa.

"Para interpretar o Fado, nenhum instrumento mais de jeito que a guitarra. Está costumada a cantar tristezas desde a mais remota antiguidade e além disso fala tão baixinho que não chega a incomodar os grandes, os felizes, os opulentos. É quase uma criança que chora ou uma mulher que suspira. Impressiona e não atordoa. Faz-se ouvir, mas não se impõe." - citação de Alberto Pimentel, em Photographias de Lisboa, pág.64.

De origem bastante remota, foi outrora designada por guitarra mourisca, por ter certa semelhança com o alaúde, que os árabes introduziram na Península Ibérica sendo, no entanto, as características dos dois instrumentos algo distintas.

As origens da guitarra portuguesa remontam à Idade Média, a um instrumento chamado cítula. Esta evoluiu ao longo dos tempos, passando pela cítara, culminando na guitarra portuguesa.

Começando por ser instrumento habitual nos salões da alta burguesia, sobreviveu e transformou-se nas mãos do povo, para se tornar, actualmente, num instrumento popular.

A guitarra de Fado, como é hoje designada, foi durante muito tempo conhecida por guitarra inglesa. A razão desta designação era devida ao seu fabrico, em Inglaterra, por um violeiro famoso chamado Simpson, o qual fabricava os melhores instrumentos deste género, alguns dos quais eram exportados para Portugal.

Para a construção de qualquer guitarra portuguesa, usam-se madeiras importadas desde a Idade Média, já que os fundos e ilhargas da guitarra têm de ser fabricados em pau-santo, ácer ou mogno. O tampo é executado em spruce, ou pinho da Flandres. Mas, "a grande diferença entre uma boa guitarra e uma má, feitas exactamente com a mesma madeira está na mão do construtor"(citação de Pedro Caldeira Cabral, actualmente uma das maiores autoridades em guitarra portuguesa e música antiga).

A guitarra portuguesa é, em linguagem técnica, um cordofone composto, cuja caixa harmónica é periforme, ou seja, tem forma de pêra. É constituído por seis pares de cordas e já teve diversas afinações, mas a que realmente se enraizou foi a a Afinação de Fado: a começar pelas cordas mais agudas, Si - Lá - Mi - Si - Lá - Ré.

Existem três tipos de guitarra portuguesa: a de Lisboa, a do Porto e a de Coimbra, com diferentes tradições de fabrico. A de Lisboa é a mais pequena das três, com caixa baixa arredondada e é a que possui o som mais "brilhante". A de Coimbra é maior, com o corpo assumindo uma forma mais aguçada. A do Porto é semelhante à de Lisboa. Uma das principais diferenças reside na cabeça da guitarra: a de Coimbra possui uma lágrima incrustada, enquanto que a de Lisboa apresenta um caracol.



OUÇA:

JOAQUIM DAZUREM:

http://joaquimdazurem.123som.com/Borboleta.mp3



GUITARRA PORTUGUESA






A Guitarra Portuguesa




A guitarra portuguesa é um instrumento muito difundido em Portugal sendo o que mais se aproxima do sentimento Lusitano do povo português.

A guitarra portuguesa tem um timbre de tal modo inconfundível que, onde quer que esteja, qualquer português a reconhece aos primeiros acordes. É um instrumento musical carregado de simbolismo e, à mercê da sua longa aliança com o Fado, é conotado com o "modo de ser" português. Destino, fado e saudade são palavras que naturalmente se associam ao trinado da guitarra portuguesa.

"Para interpretar o Fado, nenhum instrumento mais de jeito que a guitarra. Está costumada a cantar tristezas desde a mais remota antiguidade e além disso fala tão baixinho que não chega a incomodar os grandes, os felizes, os opulentos. É quase uma criança que chora ou uma mulher que suspira. Impressiona e não atordoa. Faz-se ouvir, mas não se impõe." - citação de Alberto Pimentel, em Photographias de Lisboa, pág.64.

De origem bastante remota, foi outrora designada por guitarra mourisca, por ter certa semelhança com o alaúde, que os árabes introduziram na Península Ibérica sendo, no entanto, as características dos dois instrumentos algo distintas.

As origens da guitarra portuguesa remontam à Idade Média, a um instrumento chamado cítula. Esta evoluiu ao longo dos tempos, passando pela cítara, culminando na guitarra portuguesa.

Começando por ser instrumento habitual nos salões da alta burguesia, sobreviveu e transformou-se nas mãos do povo, para se tornar, actualmente, num instrumento popular.

A guitarra de Fado, como é hoje designada, foi durante muito tempo conhecida por guitarra inglesa. A razão desta designação era devida ao seu fabrico, em Inglaterra, por um violeiro famoso chamado Simpson, o qual fabricava os melhores instrumentos deste género, alguns dos quais eram exportados para Portugal.

Para a construção de qualquer guitarra portuguesa, usam-se madeiras importadas desde a Idade Média, já que os fundos e ilhargas da guitarra têm de ser fabricados em pau-santo, ácer ou mogno. O tampo é executado em spruce, ou pinho da Flandres. Mas, "a grande diferença entre uma boa guitarra e uma má, feitas exactamente com a mesma madeira está na mão do construtor"(citação de Pedro Caldeira Cabral, actualmente uma das maiores autoridades em guitarra portuguesa e música antiga).

A guitarra portuguesa é, em linguagem técnica, um cordofone composto, cuja caixa harmónica é periforme, ou seja, tem forma de pêra. É constituído por seis pares de cordas e já teve diversas afinações, mas a que realmente se enraizou foi a a Afinação de Fado: a começar pelas cordas mais agudas, Si - Lá - Mi - Si - Lá - Ré.

Existem três tipos de guitarra portuguesa: a de Lisboa, a do Porto e a de Coimbra, com diferentes tradições de fabrico. A de Lisboa é a mais pequena das três, com caixa baixa arredondada e é a que possui o som mais "brilhante". A de Coimbra é maior, com o corpo assumindo uma forma mais aguçada. A do Porto é semelhante à de Lisboa. Uma das principais diferenças reside na cabeça da guitarra: a de Coimbra possui uma lágrima incrustada, enquanto que a de Lisboa apresenta um caracol.



OUÇA:

JOAQUIM DAZUREM:

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GUITARRA PORTUGUESA






A Guitarra Portuguesa




A guitarra portuguesa é um instrumento muito difundido em Portugal sendo o que mais se aproxima do sentimento Lusitano do povo português.

A guitarra portuguesa tem um timbre de tal modo inconfundível que, onde quer que esteja, qualquer português a reconhece aos primeiros acordes. É um instrumento musical carregado de simbolismo e, à mercê da sua longa aliança com o Fado, é conotado com o "modo de ser" português. Destino, fado e saudade são palavras que naturalmente se associam ao trinado da guitarra portuguesa.

"Para interpretar o Fado, nenhum instrumento mais de jeito que a guitarra. Está costumada a cantar tristezas desde a mais remota antiguidade e além disso fala tão baixinho que não chega a incomodar os grandes, os felizes, os opulentos. É quase uma criança que chora ou uma mulher que suspira. Impressiona e não atordoa. Faz-se ouvir, mas não se impõe." - citação de Alberto Pimentel, em Photographias de Lisboa, pág.64.

De origem bastante remota, foi outrora designada por guitarra mourisca, por ter certa semelhança com o alaúde, que os árabes introduziram na Península Ibérica sendo, no entanto, as características dos dois instrumentos algo distintas.

As origens da guitarra portuguesa remontam à Idade Média, a um instrumento chamado cítula. Esta evoluiu ao longo dos tempos, passando pela cítara, culminando na guitarra portuguesa.

Começando por ser instrumento habitual nos salões da alta burguesia, sobreviveu e transformou-se nas mãos do povo, para se tornar, actualmente, num instrumento popular.

A guitarra de Fado, como é hoje designada, foi durante muito tempo conhecida por guitarra inglesa. A razão desta designação era devida ao seu fabrico, em Inglaterra, por um violeiro famoso chamado Simpson, o qual fabricava os melhores instrumentos deste género, alguns dos quais eram exportados para Portugal.

Para a construção de qualquer guitarra portuguesa, usam-se madeiras importadas desde a Idade Média, já que os fundos e ilhargas da guitarra têm de ser fabricados em pau-santo, ácer ou mogno. O tampo é executado em spruce, ou pinho da Flandres. Mas, "a grande diferença entre uma boa guitarra e uma má, feitas exactamente com a mesma madeira está na mão do construtor"(citação de Pedro Caldeira Cabral, actualmente uma das maiores autoridades em guitarra portuguesa e música antiga).

A guitarra portuguesa é, em linguagem técnica, um cordofone composto, cuja caixa harmónica é periforme, ou seja, tem forma de pêra. É constituído por seis pares de cordas e já teve diversas afinações, mas a que realmente se enraizou foi a a Afinação de Fado: a começar pelas cordas mais agudas, Si - Lá - Mi - Si - Lá - Ré.

Existem três tipos de guitarra portuguesa: a de Lisboa, a do Porto e a de Coimbra, com diferentes tradições de fabrico. A de Lisboa é a mais pequena das três, com caixa baixa arredondada e é a que possui o som mais "brilhante". A de Coimbra é maior, com o corpo assumindo uma forma mais aguçada. A do Porto é semelhante à de Lisboa. Uma das principais diferenças reside na cabeça da guitarra: a de Coimbra possui uma lágrima incrustada, enquanto que a de Lisboa apresenta um caracol.



OUÇA:

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quinta-feira, 21 de setembro de 2006

Churrasco de torcedores

http://jmoliveirajmo.multiply.com/photos/album/17


Muuuuito legal!

No site Jõao!


Churrasco de torcedores

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O POPULAR

Rating:★★★★★
Category:Books
Genre: Literature & Fiction
Author:LUÍS FERNANDO VERÍSSIMO
"O Popular"







Um número recente da Veja trazia fotografias sensacionais das (como diria um inglês) “incomodações” na Irlanda do Norte. Todas eram de ganhar prêmio, mas uma me impressionou especialmente. Nela aparecia a versão irlandesa do Popular.
É uma figura que sempre me intrigou. A foto da Veja mostra um soldado inglês espichado na calçada, protegido pela quina de um prédio, o rosto tapado por uma máscara de gás, fazendo pontaria contra um franco-atirador local. Atrás dele, agachados no vão de uma porta, dois ou três dos seus companheiros, também em plena parafernália de guerra, esperam tensamente para entrar no tiroteio. Há fumaça por todos os lados, um clima de medo e drama. Mas ao lado do soldado que atira, em primeiro plano, está o Popular. De pé, olhando com algum interesse o que se passa, com as mãos nos bolsos e um embrulho embaixo do braço. O Popular foi no armazém e na volta parou para ver a guerra.

Sempre pensei que o Popular fosse uma figura exclusivamente brasileira. Nas nossas incomodações políticas, no tempo em que ainda havia política no Brasil, o Popular não perdia uma. Os jornais mostravam tanques na Cinelândia protegidos por soldados de baioneta calada e lá estava o Popular, com um embrulho embaixo do braço, examinando as correias de um dos tanques. Pancadaria na Avenida? Corria polícia, corria manifestante, corria todo mundo, menos o Popular. O Popular assistia. Cheguei a imaginar, certa vez, uma série de cartuns em que o Popular aparecia assistindo ao Descobrimento do Brasil, à Primeira Missa, ao Grito da Independência, à Proclamação da República... Sempre com seu embrulho debaixo do braço. E de camisa esporte clara para fora das calças. (O Popular irlandês veste terno e sobretudo contra o frio. O Popular tropical é muito mais Popular.)

Não se deve confundir o Popular com o Transeunte, também conhecido como o Passante. O Transeunte ou Passante às vezes leva uma bala perdida, o Popular nunca. O Transeunte às vezes vai preso por engano, o Popular é que fica assistindo à sua prisão. O Transeunte, não raro, se compromete com os acontecimentos. Aplaude o visitante ilustre que passa, por exemplo. O Popular fica com as mãos nos bolsos e quase sempre presta mais atenção ao motociclo dos batedores do que à figura ilustre. O Transeunte pode se entusiasmar momentaneamente com uma frase de comício ou um drama na rua, e aí o Popular é que fica olhando para o Transeunte.

O Popular não tem opinião sobre as coisas. Quando o rádio ou a televisão resolvem ouvir “a opinião de um popular” na rua, sempre se enganam. O Popular nunca é o entrevistado, é o sujeito que está atrás do entrevistado, olhando para a câmara.

O Popular não merece nem os méritos nem a calhordice que a imprensa lhe atribui. Alguém que é “socorrido por populares”, outro, menos feliz, que é linchado por populares... Engano. Onde há um bando de populares não há o Popular. O Popular é a antimultidão. Sua única virtude é a sua singularidade. E um certo ceticismo inconsciente diante da História e das coisas. Não é que o Popular desmereça o Poder e os grandes lances da Humanidade, é que ele tem uma fatal curiosidade pelo detalhe supérfluo, um fascínio irresistível pelo insignificante. Nas revoluções, o que atrai o Popular é a estranha postura de um soldado deitado no chão, o mecanismo de um tanque, as lentes de uma câmara.

O Popular é uma figura tipicamente urbana. Não tem domicílio certo. Seu habitat natural é a margem dos acontecimentos. E - este é o seu maior mistério, a chave da sua existência - ninguém jamais conseguiu descobrir o que o Popular leva naquele embrulho. E tem mais. O dia em que pegarem um Popular para desvendarem um mistério, será inútil. Vão se enganar outra vez. O Popular verdadeiro estará atrás do preso, assistindo a tudo.


Este texto está no livro O Popular.


LUÍS FERNANDO VERÍSSIMO











O POPULAR

Rating:★★★★★
Category:Books
Genre: Literature & Fiction
Author:LUÍS FERNANDO VERÍSSIMO
"O Popular"







Um número recente da Veja trazia fotografias sensacionais das (como diria um inglês) “incomodações” na Irlanda do Norte. Todas eram de ganhar prêmio, mas uma me impressionou especialmente. Nela aparecia a versão irlandesa do Popular.
É uma figura que sempre me intrigou. A foto da Veja mostra um soldado inglês espichado na calçada, protegido pela quina de um prédio, o rosto tapado por uma máscara de gás, fazendo pontaria contra um franco-atirador local. Atrás dele, agachados no vão de uma porta, dois ou três dos seus companheiros, também em plena parafernália de guerra, esperam tensamente para entrar no tiroteio. Há fumaça por todos os lados, um clima de medo e drama. Mas ao lado do soldado que atira, em primeiro plano, está o Popular. De pé, olhando com algum interesse o que se passa, com as mãos nos bolsos e um embrulho embaixo do braço. O Popular foi no armazém e na volta parou para ver a guerra.

Sempre pensei que o Popular fosse uma figura exclusivamente brasileira. Nas nossas incomodações políticas, no tempo em que ainda havia política no Brasil, o Popular não perdia uma. Os jornais mostravam tanques na Cinelândia protegidos por soldados de baioneta calada e lá estava o Popular, com um embrulho embaixo do braço, examinando as correias de um dos tanques. Pancadaria na Avenida? Corria polícia, corria manifestante, corria todo mundo, menos o Popular. O Popular assistia. Cheguei a imaginar, certa vez, uma série de cartuns em que o Popular aparecia assistindo ao Descobrimento do Brasil, à Primeira Missa, ao Grito da Independência, à Proclamação da República... Sempre com seu embrulho debaixo do braço. E de camisa esporte clara para fora das calças. (O Popular irlandês veste terno e sobretudo contra o frio. O Popular tropical é muito mais Popular.)

Não se deve confundir o Popular com o Transeunte, também conhecido como o Passante. O Transeunte ou Passante às vezes leva uma bala perdida, o Popular nunca. O Transeunte às vezes vai preso por engano, o Popular é que fica assistindo à sua prisão. O Transeunte, não raro, se compromete com os acontecimentos. Aplaude o visitante ilustre que passa, por exemplo. O Popular fica com as mãos nos bolsos e quase sempre presta mais atenção ao motociclo dos batedores do que à figura ilustre. O Transeunte pode se entusiasmar momentaneamente com uma frase de comício ou um drama na rua, e aí o Popular é que fica olhando para o Transeunte.

O Popular não tem opinião sobre as coisas. Quando o rádio ou a televisão resolvem ouvir “a opinião de um popular” na rua, sempre se enganam. O Popular nunca é o entrevistado, é o sujeito que está atrás do entrevistado, olhando para a câmara.

O Popular não merece nem os méritos nem a calhordice que a imprensa lhe atribui. Alguém que é “socorrido por populares”, outro, menos feliz, que é linchado por populares... Engano. Onde há um bando de populares não há o Popular. O Popular é a antimultidão. Sua única virtude é a sua singularidade. E um certo ceticismo inconsciente diante da História e das coisas. Não é que o Popular desmereça o Poder e os grandes lances da Humanidade, é que ele tem uma fatal curiosidade pelo detalhe supérfluo, um fascínio irresistível pelo insignificante. Nas revoluções, o que atrai o Popular é a estranha postura de um soldado deitado no chão, o mecanismo de um tanque, as lentes de uma câmara.

O Popular é uma figura tipicamente urbana. Não tem domicílio certo. Seu habitat natural é a margem dos acontecimentos. E - este é o seu maior mistério, a chave da sua existência - ninguém jamais conseguiu descobrir o que o Popular leva naquele embrulho. E tem mais. O dia em que pegarem um Popular para desvendarem um mistério, será inútil. Vão se enganar outra vez. O Popular verdadeiro estará atrás do preso, assistindo a tudo.


Este texto está no livro O Popular.


LUÍS FERNANDO VERÍSSIMO











O POPULAR

Rating:★★★★★
Category:Books
Genre: Literature & Fiction
Author:LUÍS FERNANDO VERÍSSIMO
"O Popular"







Um número recente da Veja trazia fotografias sensacionais das (como diria um inglês) “incomodações” na Irlanda do Norte. Todas eram de ganhar prêmio, mas uma me impressionou especialmente. Nela aparecia a versão irlandesa do Popular.
É uma figura que sempre me intrigou. A foto da Veja mostra um soldado inglês espichado na calçada, protegido pela quina de um prédio, o rosto tapado por uma máscara de gás, fazendo pontaria contra um franco-atirador local. Atrás dele, agachados no vão de uma porta, dois ou três dos seus companheiros, também em plena parafernália de guerra, esperam tensamente para entrar no tiroteio. Há fumaça por todos os lados, um clima de medo e drama. Mas ao lado do soldado que atira, em primeiro plano, está o Popular. De pé, olhando com algum interesse o que se passa, com as mãos nos bolsos e um embrulho embaixo do braço. O Popular foi no armazém e na volta parou para ver a guerra.

Sempre pensei que o Popular fosse uma figura exclusivamente brasileira. Nas nossas incomodações políticas, no tempo em que ainda havia política no Brasil, o Popular não perdia uma. Os jornais mostravam tanques na Cinelândia protegidos por soldados de baioneta calada e lá estava o Popular, com um embrulho embaixo do braço, examinando as correias de um dos tanques. Pancadaria na Avenida? Corria polícia, corria manifestante, corria todo mundo, menos o Popular. O Popular assistia. Cheguei a imaginar, certa vez, uma série de cartuns em que o Popular aparecia assistindo ao Descobrimento do Brasil, à Primeira Missa, ao Grito da Independência, à Proclamação da República... Sempre com seu embrulho debaixo do braço. E de camisa esporte clara para fora das calças. (O Popular irlandês veste terno e sobretudo contra o frio. O Popular tropical é muito mais Popular.)

Não se deve confundir o Popular com o Transeunte, também conhecido como o Passante. O Transeunte ou Passante às vezes leva uma bala perdida, o Popular nunca. O Transeunte às vezes vai preso por engano, o Popular é que fica assistindo à sua prisão. O Transeunte, não raro, se compromete com os acontecimentos. Aplaude o visitante ilustre que passa, por exemplo. O Popular fica com as mãos nos bolsos e quase sempre presta mais atenção ao motociclo dos batedores do que à figura ilustre. O Transeunte pode se entusiasmar momentaneamente com uma frase de comício ou um drama na rua, e aí o Popular é que fica olhando para o Transeunte.

O Popular não tem opinião sobre as coisas. Quando o rádio ou a televisão resolvem ouvir “a opinião de um popular” na rua, sempre se enganam. O Popular nunca é o entrevistado, é o sujeito que está atrás do entrevistado, olhando para a câmara.

O Popular não merece nem os méritos nem a calhordice que a imprensa lhe atribui. Alguém que é “socorrido por populares”, outro, menos feliz, que é linchado por populares... Engano. Onde há um bando de populares não há o Popular. O Popular é a antimultidão. Sua única virtude é a sua singularidade. E um certo ceticismo inconsciente diante da História e das coisas. Não é que o Popular desmereça o Poder e os grandes lances da Humanidade, é que ele tem uma fatal curiosidade pelo detalhe supérfluo, um fascínio irresistível pelo insignificante. Nas revoluções, o que atrai o Popular é a estranha postura de um soldado deitado no chão, o mecanismo de um tanque, as lentes de uma câmara.

O Popular é uma figura tipicamente urbana. Não tem domicílio certo. Seu habitat natural é a margem dos acontecimentos. E - este é o seu maior mistério, a chave da sua existência - ninguém jamais conseguiu descobrir o que o Popular leva naquele embrulho. E tem mais. O dia em que pegarem um Popular para desvendarem um mistério, será inútil. Vão se enganar outra vez. O Popular verdadeiro estará atrás do preso, assistindo a tudo.


Este texto está no livro O Popular.


LUÍS FERNANDO VERÍSSIMO











CUCA ALEMÃ


Description:
É um pão doce recheado, muito fácil de preparar.

O destaque da cuca é a farofa como cobertura.



Ingredients:
Massa:

1 tablete de fermento biológico (15g)
4 colheres (sopa) de água (morna)
2 gemas
1 ovo
4 colheres (sopa) de açúcar
1 xícara (chá) de leite
1/2 xícara (chá) de manteiga
3 xícaras (chá) de farinha de trigo
1 colher (chá) de sal
1/2 colher (sopa) de noz moscada
1 colher (sopa) de raspas de cascas de limão




Cobertura:

3 colheres (sopa) de manteiga
3 colheres (sopa) de açúcar
4 colheres (sopa) de farinha de trigo
1/2 xícara (chá) de nozes picadas (ou amêndoas ou avelãs)
1/2 colher (chá) de canela em pó



Recheio

1/2 xícara (chá) de geléia (sabor a gosto)





Directions:
Coloque o fermento em uma tigela com a água morna e misture bem. Na tigela da batedeira, coloque as gemas e o ovo e bata até a mistura ficar levemente amarelada. Aos poucos, junte o açúcar sem parar de bater. Coloque o leite em uma panela e aqueça em fogo alto. Junte a manteiga, misture até derreter e deixe amornar. Reserve. Acrescente uma xícara (chá) de farinha de trigo e o fermento dissolvido na mistura de ovos, bata bem. Junte o leite morno, o sal, a noz moscada, as raspas de cascas de limão e a farinha restante. Continue batendo por mais 5 minutos. Cubra a tigela com um pano e deixe dobrar de volume. Coloque todos os ingredientes da cobertura em uma tigela e misture com os dedos até obter uma farofa. Unte com manteiga duas fôrmas de 22cm de diâmetro. Divida a massa ao meio e coloque nas fôrmas. Deixe descansar até dobrar de volume. Pré aqueça o forno. Faça furos na massa e recheie com a geléia. Cubra com a farofa reservada. Leve para assar até ficar dourada e crocante. Deixe amornar e desenforme.




Forma de Congelamento

Aguarde esfriar, embale nas porções desejadas, etiquete e leve ao freezer.

Tempo de Armazenamento

3 meses

Forma de Descongelamento

Forno convencional, microondas ou temperatura ambiente.

CUCA ALEMÃ


Description:
É um pão doce recheado, muito fácil de preparar.

O destaque da cuca é a farofa como cobertura.



Ingredients:
Massa:

1 tablete de fermento biológico (15g)
4 colheres (sopa) de água (morna)
2 gemas
1 ovo
4 colheres (sopa) de açúcar
1 xícara (chá) de leite
1/2 xícara (chá) de manteiga
3 xícaras (chá) de farinha de trigo
1 colher (chá) de sal
1/2 colher (sopa) de noz moscada
1 colher (sopa) de raspas de cascas de limão




Cobertura:

3 colheres (sopa) de manteiga
3 colheres (sopa) de açúcar
4 colheres (sopa) de farinha de trigo
1/2 xícara (chá) de nozes picadas (ou amêndoas ou avelãs)
1/2 colher (chá) de canela em pó



Recheio

1/2 xícara (chá) de geléia (sabor a gosto)





Directions:
Coloque o fermento em uma tigela com a água morna e misture bem. Na tigela da batedeira, coloque as gemas e o ovo e bata até a mistura ficar levemente amarelada. Aos poucos, junte o açúcar sem parar de bater. Coloque o leite em uma panela e aqueça em fogo alto. Junte a manteiga, misture até derreter e deixe amornar. Reserve. Acrescente uma xícara (chá) de farinha de trigo e o fermento dissolvido na mistura de ovos, bata bem. Junte o leite morno, o sal, a noz moscada, as raspas de cascas de limão e a farinha restante. Continue batendo por mais 5 minutos. Cubra a tigela com um pano e deixe dobrar de volume. Coloque todos os ingredientes da cobertura em uma tigela e misture com os dedos até obter uma farofa. Unte com manteiga duas fôrmas de 22cm de diâmetro. Divida a massa ao meio e coloque nas fôrmas. Deixe descansar até dobrar de volume. Pré aqueça o forno. Faça furos na massa e recheie com a geléia. Cubra com a farofa reservada. Leve para assar até ficar dourada e crocante. Deixe amornar e desenforme.




Forma de Congelamento

Aguarde esfriar, embale nas porções desejadas, etiquete e leve ao freezer.

Tempo de Armazenamento

3 meses

Forma de Descongelamento

Forno convencional, microondas ou temperatura ambiente.