quinta-feira, 14 de setembro de 2006

Cris Poly - Supernanny

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Supernanny: ela sabe tudo sobre educação infantil!

Guia da Semana: O que mais lhe fascina em exercer o papel de educadora?
Cris Poli: É trabalhar na formação do caráter da criança junto com a transmissão do conhecimento. Meu maior objetivo é descobrir os talentos ocultos em cada criança e ajudá-los a desenvolver cada um deles.

GDS: Você acredita que, hoje em dia, os pais que devem ser educados?
CP: Sim, os pais em geral estão meio perdidos diante da difícil tarefa de educar os filhos e , sem dúvida, são os primeiros que devem ser orientados para que a educação possa fluir e se desenvolver.

GDS: Todos os pais são capazes de educar?
CP: Claro, todos os pais são capazes de educar. Ao gerar um filho eles têm que entender que a responsabilidade de educar é deles, decidir assumir essa responsabilidade, buscar informação e definir os alvos que eles querem para seus filhos, e, logicamente, colocar em prática.

GDS: A transferência da educação dos filhos para terceiros, como professores, psicólogos e babás significa que os pais têm medo de educar o filho?
CP: Essa transferência às vezes é fruto da necessidade, já que hoje muitos pais e mães trabalham o dia todo e precisam de alguém para ajudá-los a cuidar das crianças. O medo de educar os filhos vem da falta de parâmetros ou referenciais.

GDS: É saudável esta busca incessante por terceiros para aconselhar de como deve ser a educação do filho?
CP: Eu acho que quando a situação nos lares se torna insustentável e o grau de estresse da família e casal chega ao extremo, como nos casos das famílias que tenho visitado, é necessário pedir ajuda.

GDS: No que se baseia a educação ideal?
CP: Não tem "receita de bolo" para uma boa educação, mas deve ter dois pilares ou colunas de sustento: amor e limites. A criança precisa tanto de um quanto do outro.

GDS:A educação recebida pelos pais é transferida automaticamente aos filhos?
CP: A educação recebida pelos pais tem um peso muito grande na educação dos filhos, sem dúvida, mas ela não é transferida para os filhos porque o casal é formado por duas pessoas que geralmente tiveram educações diferentes. Ali está o grande segredo, as experiências vivenciadas pelos pais devem resultar numa nova direção para ser aos filhos.

GDS: Faça uma análise breve de como está a educação atual dentro das casas?
CP: A educação dentro das casas está muito permissiva. Os pais devem recuperar a auto-estima e autoridade e agir sem medo de disciplinar e colocar limites. Por causa dessa permissividade os filhos têm se transformados em déspotas dentro de casa, dominando as famílias. Os pais em geral, são ausentes e as mães tentam controlar a situação sem sucesso.

GDS: A senhora é a favor da Lei que Proíbe o castigo físico? Acha que palmadas é um instrumento para educar ou a conversa ainda é o melhor remédio?
CP: Eu não concordo com o castigo porque o castigo não educa, somente machuca, agride e é uma maneira dos pais descarregarem sua raiva ou estresse. Sou a favor da disciplina com regras pré-estabelecidas, que tem conseqüência quando não são cumpridas (cantinho da disciplina) e reconhecimento quando cumpridas (quadro do incentivo).

GDS: A sua função social na televisão como formadora de opinião que ajuda no comportamento de pais e filhos te preocupa?
CP: Eu acreditei na proposta do programa Supernanny desde o momento em que conheci e continuo acreditando na função social que o programa tem. O resultado positivo nas famílias é evidente, não somente nas que eu visito, mas também nas que assistem e têm aplicado os métodos e as sugestões dadas.

GDS: Qual foi a maior dificuldade que já enfrentou com uma criança?
CP: A maior dificuldade foi o programa dos quadrigêmeos, não pelos problemas apresentados, mas pela quantidade de crianças. Elas tinham quatro anos.

GDS: A Revista Supernanny segue a mesma proposta do programa? Como será a sua participação na produção?
CP: A Revista vem para reforçar a proposta do programa, com matérias sobre temas abordados com as diferentes famílias. Eu acompanho a elaboração das matérias, respondo perguntas, faço comentários e dou minha opinião sobre o que está sendo apresentado. As famílias estavam pedindo a revista.

GDS: E quais são os planos profissionais?
CP: Estou gravando a segunda temporada que vai ao ar no mês de outubro, tenho sido convidada para dar palestras e estou trabalhando na elaboração de um livro.



(Andréa Menegueti)

Guia da Semana MSN

4 comentários:

  1. Quando o programa começa eu nem pisco.
    Ela sabe muito!

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  2. Apesar de um achar que não existe fórmula para tudo, acho interessante o programa. Porque não existe um curso "como ter uma familia". Cada um cria o seu método, baseado nas suas experiencias. E tem coisas que funcionam e outras não. Acho válido.
    O que acontece é que o mundo está organizado de tal forma que parece que é feito para as pessoas se separarem. A mulher o o marido trabalham fora, sem tempo de cuidar da casa. O modelo tradicional dos anos 50 (o marido trabalha fora e a mulher cuida da casa) funciona melhor, mas a mulher fica dependente do marido. Pode ser o contrario tambem (o marido cuida da casa e a mulher trabalha fora) mas ai o marido fica dependente. Sempre um vai dependender do outro neste esquema. Num mundo onde não se cogita a separação, isso pode até funcionar. Mas hoje não. No mundo de hoje as pessoas se preparam para ser sozinhas. E é exatametne o que acontece na maioria das vezes. Todas as pessoas que eu conheco com mais de 50 anos estão separadas (todas, nao conheco uminha só para desfazer minha teoria).

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  3. Eu acho interessante o modo como ela ajuda a tornar a criança independente, menos egoísta e a respeitar o pensamento e espaço do outro.
    As coisas acabam sempre para a harmonia - pelo menos, com menos conflitos. O ambiente da casa fica mais leve e agradável.

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