tânia, eu trabalhei com crianças de bairro de lata como esse menino... todos eles tinham histórias bem próximas dessa. enfim, vivi muito de perto estas realidades, mas a que me veio á memória qd li, foi uma vez que junto com uma associação se fez um trabalho lindo, de leitura de contos com e para sem abrigo, pessoas que vivem na rua. Eles se juntam com um escritor, contam suas histórias e depois o escritor escreve um texto livre inspirado no que ouviu e mostra para eles, para eles aprovarem. no terceiro dia nos juntamos todos, com uma plateia de participantes de sem abrigo, presos, prostitutas, imprensa, escritores, intelectuais e os actores leem os textos... enfim, como deve calcular é muito forte e muito emotivo, minhas mãos tremiam ao ler o texto (se eu encontrar mando p'ra voçe) ... no final de tudo eu falando com a escritora Hélia Correia que escreveu o texto que eu li, ela me diz... e agora? e agora? a gente volta p'ras nossas casas e eles p'ra rua... e a sensação no final de tudo é de tão cheia como de um imenso vazio, um buraco no peito. Desculpa se me alonguei mas essa história me trouxe este episódio á memória, pois é assim que a gente se sente quando se confronta com essa realidade e não pode fazer muito. A nossa também não é fácil, é bem relativo isto tudo.
tânia, eu trabalhei com crianças de bairro de lata como esse menino... todos eles tinham histórias bem próximas dessa. enfim, vivi muito de perto estas realidades, mas a que me veio á memória qd li, foi uma vez que junto com uma associação se fez um trabalho lindo, de leitura de contos com e para sem abrigo, pessoas que vivem na rua. Eles se juntam com um escritor, contam suas histórias e depois o escritor escreve um texto livre inspirado no que ouviu e mostra para eles, para eles aprovarem. no terceiro dia nos juntamos todos, com uma plateia de participantes de sem abrigo, presos, prostitutas, imprensa, escritores, intelectuais e os actores leem os textos... enfim, como deve calcular é muito forte e muito emotivo, minhas mãos tremiam ao ler o texto (se eu encontrar mando p'ra voçe) ... no final de tudo eu falando com a escritora Hélia Correia que escreveu o texto que eu li, ela me diz... e agora? e agora? a gente volta p'ras nossas casas e eles p'ra rua...
ResponderExcluire a sensação no final de tudo é de tão cheia como de um imenso vazio, um buraco no peito.
Desculpa se me alonguei mas essa história me trouxe este episódio á memória, pois é assim que a gente se sente quando se confronta com essa realidade e não pode fazer muito. A nossa também não é fácil, é bem relativo isto tudo.
Por favor, fale o que quiser e do tamanho da sua vontade.
ResponderExcluirSe você achar o texto, envie-o para mim.
"Um imenso vazio, um buraco no peito"...
Você descreveu o que sinto nessas situações. Impotência!